Operações policiais terminam com 7 mortos em favelas do Rio de Janeiro
Moradores da Maré protestaram em luto pela morte de um morador de 24 anos, que, segundo eles, não tinha ligação com crime organizado e seria motorista de aplicativo

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - Ao menos sete pessoas morreram nesta sexta-feira em confrontos entre policiais e supostos traficantes em duas comunidades da zona norte do Rio de Janeiro onde a polícia atua contra o tráfico de drogas e o roubo de cargas.
Segundo a polícia, seis suspeitos morreram em confrontos na comunidade do Juramento e a outra morte ocorreu na favela da Maré. As vítimas chegaram a ser socorridas, mas não resistiram, disse a Polícia Militar.
A PM disse em nota que "foi surpreendida pela presença de seis criminosos armados dentro de uma das casas da região" do Juramento, onde houve troca de tiros.
"Após o cessar dos disparos todos foram socorridos para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, no bairro da Penha, sendo que cinco deles não resistiram aos ferimentos“, disse a PM em nota, acrescentando que outra morte ocorrera anteriormente quando uma equipe da corporação "foi atacada por um grupo de criminosos armados".
"Houve confronto e após o fim dos disparos, os policiais encontraram o corpo de um dos suspeitos de ter participado da troca de tiros", disse a PM.
No complexo da Maré, uma ação da polícia começou ainda de madrugada. Moradores da comunidade protestaram contra a ação das forças de segurança e tentaram interditar vias expressas em luto pela morte de um morador.
Eles alegam que um homem de 24 anos, identificado como Renan Lemos, não tinha ligação com crime organizado e seria motorista de aplicativo. A polícia apresentou uma outra versão.
“Um indivíduo suspeito foi localizado ferido e, segundo informações preliminares, estaria envolvido em confronto.“, informou a corporação. Um policial e outras três pessoas ficaram feridas na operação.
Em maio, mais de 20 pessoas morreram em um conflito da polícia com suspeitos no complexo da Penha, e, no ano passado, 28 pessoas foram mortas na favela do Jacarezinho, ambas também na zona norte do Rio. Essas foram as ações mais letais da história das forças de segurança do Rio.
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