O alerta de Dilma aos ministros
Presidente espera que o caso do Ministério do Esporte seja o último
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A presidente Dilma Rousseff está dizendo a seus ministros o que todos eles já deveriam saber, mas alguns fingiam que não sabiam: a responsabilidade por qualquer irregularidade detectada e não sanada em um ministério é do ministro. Não é do secretário executivo, não é de nenhum subsecretário ou diretor. É do ministro, óbvio assim.
Se o ministro descobre que um auxiliar roubou, ou prevaricou, ou foi incompetente na gestão de recursos públicos, tem de exonerá-lo imediatamente e abrir sindicância. Se não fizer isso, quem cai é o ministro. E se deixou correr solto, cai também. É um princípio básico e também acaciano: quem se responsabiliza é o responsável.
Dilma espera que o caso do Ministério do Esporte seja o último. E seus ministros estão mais atentos agora. Já há entre alguns parlamentares, inclusive, uma preocupação com os recursos para as próximas eleições. Inibidos pela presidente, pressionados pela imprensa, delatados de dentro e sob vigilância dos órgãos de controle do Executivo, do Ministério Público e dos auditores do Tribunal de Contas, como vão fazer suas manobras para tirar dos cofres públicos o dinheiro que precisam gastar nas eleições?
Claro que sempre será encontrado um jeito, pois a corrupção é indestrutível. Mas agora ficou difícil pedir retorno às organizações não governamentais amigas, uma prática que não se restringia aos ministérios do Esporte e do Turismo, mas a todos os órgãos dos três poderes, em todo o país, que trabalham com ONGs. Está mais difícil também superfaturar obras e serviços para incluir as comissões. Mas ainda não é impossível fazer isso, assim como não ficou inviável direcionar licitações e contratos a empresas que tão bem contribuem, por dentro ou por fora, para as campanhas eleitorais.
A corrupção não vai acabar por decreto, nem por quedas sucessivas de ministros, nem por denúncias válidas, mas nitidamente oportunistas, de partidos oposicionistas (que fazem em seus governos estaduais e municipais exatamente o que criticam no federal). Os decretos que vêm sendo assinados pela presidente, porém, são um bom reforço aos recados que têm sido transmitidos aos ministros: cuidado, a vítima será você.
Um dos decretos é o que atribui aos ministros e aos dirigentes dos órgãos de administração a responsabilidade pela gestão e controle dos convênios assinados com ONGs. Se der errado, a culpa é do ministro e dos que comandam as entidades administrativas. Antes, Dilma já havia assinado decretos regulamentando as relações do governo com essas organizações.
Ao deixar claro que dá ao ex-ministro Orlando Silva o benefício da dúvida em relação às irregularidades cometidas no Ministério do Esporte e elogiá-lo, Dilma diz nas entrelinhas que ele caiu, independentemente de qualquer coisa, por ser o ministro de uma pasta na qual, durante anos, muitos malfeitos ocorreram. Pode ser inocente, mas foi incompetente para chefiar um ministério.
Chantagem
Os métodos dos Estados Unidos nas relações internacionais são os mesmos, seja o presidente um republicano ou um democrata. A palavra-chave que melhor define a política externa estadunidense é hipocrisia.
O último episódio é o congelamento de R$ 102 milhões para a Unesco porque a maioria esmagadora dos países que integram o organismo aprovou o ingresso da Palestina. De 173 votantes, foram 107 votos a favor e 14 contra.
Derrotados, os Estados Unidos cumprirão a chantagem explícita, instrumento de gângsteres: não vão pagar sua cota. Como o dono da bola que acaba com o jogo porque o adversário está ganhando.
O argumento para rejeitar a entrada da Palestina na ONU e em outros organismos internacionais é que isso dificulta as negociações de paz com Israel. Como se Israel e Estados Unidos estivessem muito empenhados em obter a paz.
Aliás...
Como acontece há 20 anos, a Assembleia Geral da ONU condenou o bloqueio econômico e comercial decretado pelos Estados Unidos a Cuba em 1962. Foram 186 votos contra o bloqueio, duas ausências (Líbia e Suécia), três abstenções (Palau, Ilhas Marshall e Micronésia) e apenas dois países a favor: Estados Unidos e Israel.
O bloqueio, claro, continuará. Os Estados Unidos e Israel têm como norma ignorar e desrespeitar sistematicamente as decisões da ONU que lhes são contrárias.
Lula
Até junho de 2014, vai vencer o câncer, emplacar o ministro Fernando Haddad como candidato do PT à prefeitura de São Paulo, participar da campanha eleitoral em 2012 e assistir ao jogo de abertura da Copa no estádio do Corinthians.
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