No RJ, Dilma lembra que Bolsonaro é fruto do golpe que a retirou da Presidência

Ex-presidenta destacou importância da vitória de Lula no 1º turno para "evitar tentativas golpistas ao modelo de Trump"

Dilma Rousseff discursa no Rio de Janeiro
Dilma Rousseff discursa no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Brasil de Fato)


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Eduardo Miranda, Brasil de Fato - A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) disse nesta quarta-feira (21), durante a aula pública "Florescer da Esperança", na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na zona Sul da capital fluminense, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é fruto do golpe parlamentar que a retirou do Palácio do Planalto em 2016, mas que ele não é o artífice.

Ao lado da deputada federal Benedita da Silva (PT), em ato de apoio à candidatura do ex-presidente Lula que lotou de estudantes, professores, militantes e funcionários o ginásio da PUC-Rio, a ex-presidenta, pegando carona no apelido de "inominável" à Bolsonaro pela oposição, afirmou que é Michel Temer (MDB) o "primeiro inominável".

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"Seis meses após o golpe contra mim, o primeiro inominável, não esse que está agora no poder, tomou três iniciativas: teto de gastos, tirando o povo do orçamento; reforma trabalhista, aquilo que tinha sido feito pela [primeira-ministra britânica Margaret]Tatcher e pelo [presidente estadunidense Ronald] Reagan, a precariedade do trabalho, instaurando o fundamentalismo de mercado, e o Programa de Paridade de Preço de Importação, que entre medidas relacionadas à Petrobras, atingiu nossa soberania, em um processo gravíssimo", argumentou.

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Durante pouco mais de 30 minutos, Dilma dedicou tempo maior à explicação sobre as etapas que levaram ao descontrole do preço do petróleo em território nacional e como a população passou a ter que pagar o combustível de acordo com as ofertas e demandas do mercado internacional, cuja cotação é em dólar.

"Esses três pontos fundamentam o início do golpe. O que vem depois é desestruturação que conhecemos, da política como algo sujo, da prisão do Lula. E Bolsonaro é consequência disso, não foi ele quem deu o golpe", afirmou Dilma, acrescentando que uma reeleição do atual presidente pode fazer avançar mais privatizações.

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"Na primeira possibilidade, ele privatiza a Petrobras, compromete a democracia representativa no Brasil e ainda aprofunda a reforma trabalhista. Essa eleição vai funcionar como uma barreira ao avanço da política neoliberal. Temos que construir a vitória no primeiro turno [2 de outubro] para desconstruir todas as tentativas golpistas ao modelo de Trump, lá nos Estados Unidos", defendeu a petista.

 Ao comentar as medidas de Bolsonaro para obter apoio do Congresso Nacional e se reeleger, Dilma Rousseff classificou o orçamento secreto como um "sistema oligárquico-clientelista-fisiológico". Ela afirmou que a mobilização popular é importante pelos próximos 13 dias até o primeiro turno.

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"Só tem um jeito de assegurar, não tem dois [jeitos], gente. É só com a força da organização popular. Meu impeachment provou isso. Sem a organização popular não conseguiremos aprovar nossas pautas. Garantam um 2 de outubro em que a gente vai comemorar horrores, porque no dia seguinte começa a luta", conclamou, sendo aplaudida de pé pelos estudantes, professores e funcionários presentes no ato.

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