MPF analisará representação contra o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira sobre doações de campanha

A deputada eleita Bella Gonçalves (PSOL) citou a relação entre o bolsonarista e o empresário Ronosalto Pereira Neves, segundo ela, 'investigado por vantagens indevidas da JBS'

Nikolas Ferreira e Bella Gonçalves
Nikolas Ferreira e Bella Gonçalves (Foto: Reprodução)


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247 - O Ministério Público Federal (MPF) investigará uma denúncia contra o vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL-MG), 26 anos, o deputado federal mais votado do Brasil este ano e o que recebeu mais votos na história de Minas Gerais. De acordo com denúncia feita pela deputada estadual eleita Bella Gonçalves (PSOL), responsável pela representação, o candidato bolsonarista recebeu R$ 100 mil do empresário Ronosalto Pereira Neves, segundo ela, investigado pelo recebimento de vantagens indevidas do grupo da JBS no período de 2014 a 2017. As ilegalidades também envolveriam o atual deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de ter recebido propina da JBS. O tucano negou irregularidades. 

Os R$ 100 mil representaram 35,7% da arrecadação declarada pelo candidato, divulgou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o portal G1, a representação afirmou que o empresário doador Ronosalto Pereira Neves é "notoriamente conhecido em decorrência das investigações da Operação Ross, conduzida pela Polícia Federal perante o Supremo Tribunal Federal (STF)".

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"Surge a suspeita de que os valores recebidos, inclusive outros eventualmente não declarados, sejam originários de doação empresarial ou possuam ainda outra origem ilícita", destacou a representação.

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"Caso confirmados tais fatos, a conduta pode configurar captação ilícita de recursos para campanha eleitoral e abuso do poder econômico, com repercussões no âmbito eleitoral, sem prejuízo das demais esferas criminal e cível", continuou o documento.

Outro lado

O posicionamento dos citados na representação também foi publicado no G1. defesa de Nikolas Ferreira disse que as doações para a campanha dele "foram todas realizadas de forma totalmente espontânea". "Sem que eu participasse de nenhuma tratativa com os doadores. A doação do Sr. Ronosalto não foi diferente, ele demonstrou interesse em realizar a doação e minha equipe tratou da parte burocrática. Após a notícia de que ele seria um suposto intermediador de propinas, nos averiguamos na justiça e não vimos nenhuma ação criminal em que ele se encontra como Réu", afirmou. 

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"Assim sendo, me mantenho tranquilo quanto a representação proposta pela Vereadora, pois sei que minha campanha foi feita de forma limpa e mais transparente possível, sem usar nenhum centavo de dinheiro público, conseguindo conquistar o feito de Deputado mais votado do Brasil e com um dos votos mais baratos do país. Tudo isso dentro da mais ampla legalidade e transparência que a Justiça Eleitoral e meus eleitores exigem!", disse.

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A defesa de Ronosalto Pereira Neves disse que o empresário "confirma a realização de doação no valor de R$100.000,00 (cem mil reais) à campanha de Nikolas Ferreira, deputado federal eleito em 2022, utilizando recursos próprios declarados nos termos do que dita a legislação eleitoral vigente".

"Além disso, quanto à menção aos questionamentos realizados à época da Operação Ross, apresentada na Representação, informa que foi chamado a prestar esclarecimentos à Receita Federal do Brasil acerca da quitação de títulos em dinheiro, emitidos pela aquisição de produtos cárneos da empresa JBS S.A., para revenda na rede de supermercados da qual é sócio", acrescentou. "A operação de compra dos produtos foi considerada integralmente regular pelas autoridades e o senhor Ronosalto Pereira Neves sequer chegou a ser processado", afirmou a defesa de Ronosalto.

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