Mion critica Tarcísio por vetar lei a favor de autistas e governador de SP volta atrás
O projeto de lei prorrogava por prazo indeterminado laudos médicos que atestam o transtorno do espectro autista

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247 — O apresentador Marcos Mion se indignou na quinta-feira, 9, e publicou um vídeo contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, vetar um projeto de lei envolvendo o direito dos autistas.
O projeto de lei prorrogava por prazo indeterminado laudos médicos que atestam o transtorno do espectro autista (TEA). Tarcísio justificou o veto afirmando que a proposta era “ultrapassada”, pois o diagnóstico precoce poderia ser “mutável” em crianças e bebês.
Mion afirmou que “essa declaração faz voltar mil casas na evolução pelo respeito, reconhecimento e conscientização”, destacando que “ainda dava tempo de voltar atrás”.
“É um dos maiores desserviços que já vi na minha vida. […] Isso é um absurdo”, declarou. “Que tristeza ouvir isso. Ainda mais depois de tantos anos falando de autismo em todos os microfones que consigo”, comentou.
“Podem existir outras mil desculpas pra não aprovarem esse PL, mas essa que deram é lamentável”, pontuou. “Sem nenhum tipo de embasamento, sem consultar ninguém da área, nenhum especialista. Vale lembrar que foi a Secretaria de Saúde que indicou ao governador essa resposta mentirosa, negacionista, que acaba influenciando milhões de pessoas de forma negativa. Vai diretamente contra a aceitação, que é o que a gente batalha tanto pra acontecer”, lembrou Mion.
Diante da repercussão negativa, o governador voltou atrás da decisão nesta sexta,10. “Erramos. É importante esclarecer que o entendimento do Governo de São Paulo é que o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é permanente e, portanto, os direitos serão definitivos. Falhamos ao deixar passar uma redação que não deixasse clara essa postura”, escreveu no Twitter. “Agora, vamos aperfeiçoar o projeto, ampliar e incluir outras deficiências neste laudo definitivo. Para isso, vamos chamar a sociedade civil e entidades para discutir com responsabilidade o assunto e trabalhar para avançar com políticas públicas efetivas”, concluiu.
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