Michelle Bolsonaro adota tom messiânico em primeiro comício e diz que nova campanha é 'milagre'
Eleitores gritaram o nome da primeira-dama no primeiro ato de campanha de Bolsonaro, em Juiz de Fora, nesta terça-feira (16)
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BRASÍLIA (Reuters) - No primeiro comício após a oficialização da candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, a primeira-dama Michelle Bolsonaro teve papel de destaque e reforçou a campanha voltada aos evangélicos, afirmando que o "inimigo só quer saber de roubar e matar" e que, com a ajuda do povo e de Deus, o "nosso Brasil vai sair vitorioso".
O lugar escolhido foi Juiz de Fora, Minas Gerais, onde Bolsonaro sofreu um atentado a faca na campanha de 2018. Nas palavras de Michelle, tanto a recuperação de Bolsonaro como a nova campanha são "milagres".
"Essa campanha, mais uma vez, é um milagre de Deus, começou em 2019 (sic) quando Deus fez um milagre na vida do meu marido, porque aqueles que pregam o amor e a pacificação atentaram contra ele, mas Deus é maior e a Justiça do senhor será feita", afirmou, no mesmo local onde ocorreu o ataque ao marido.
Em desvantagem na disputa pelo Palácio do Planalto em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com as pesquisas de intenção de voto, a campanha de Bolsonaro pretende aumentar a exposição e explorar mais a participação da primeira-dama durante a campanha, segundo uma fonte.
A avaliação é que Michelle Bolsonaro poderia ajudar o candidato à reeleição a reduzir a sua alta rejeição que tem em relação ao eleitorado feminino, maior fatia dos votantes, e também ampliar o apoio no público religioso, segundo essa fonte. Entretanto, Michelle ainda não deu aval para uma presença constante na campanha do marido. Ela discursou no lançamento oficial da candidatura, em julho.
"Nós pedimos a Deus neste momento que haja proteção dos céus, que haja amor, que haja paz, que haja sabedoria, libertação para aqueles que são enganados porque nós sabemos que o inimigo só quer saber de roubar, matar e destruir e manter as pessoas em cativeiro, cegas, mas nós pedimos para Deus esta libertação para nossa nação", disse.
Michelle discursou após Bolsonaro, que destacou que as pessoas mais importantes falam por último e que ela era a mais importante no momento, arrancando aplausos da plateia.
A primeira-dama disse que a campanha deste ano é "muito simbólica" por ser uma em que o povo brasileiro vai ser "liberto da mentira e do engano em nome de Jesus". Ela é evangélica enquanto o presidente é católico.
Michelle disse que espera que Deus dê "sabedoria e discernimento" ao brasileiro para que não entregue o país, "nossa nação tão amada por Deus nas mãos dos nossos inimigos". Após agradecer, ela pediu aos presentes para fazer uma oração universal, rezar um Pai Nosso.
(Reportagem de Ricardo Brito. Edição de Flávia Marreiro)
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