"Meu papo é cuidar de gente", diz Kalil, que comenta aliança com Lula: "na vida você tem que ter lado"

Aliado de Lula, o candidato a governador de Minas Gerais afirma que o ex-presidente "construiu uma história que tem que ser respeitada"

Alexandre Kalil
Alexandre Kalil (Foto: Amira Hissa/PBH)


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247 - Ex-prefeito de Belo Horizonte e candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), em entrevista ao O Globo, afirmou que tem origem na iniciativa privada e, apesar disso, está "pensando em gente". Ele também falou sobre sua aliança com o ex-presidente Lula (PT), candidato a retornar ao Palácio do Planalto.

"A primeira coisa na vida é que você tem que ter lado. Assumo todos os meus riscos. O ex-presidente Lula construiu uma história que tem que ser respeitada. Ao contrário que estão tentando dizer, ele foi inocentado. Colocar corrupção nas minhas costas vai ser muito difícil, inclusive através do PT. Em mim cola tudo, malcriado, mal-educado, sem educação, respondão, grosso, mas corrupção não cola", respondeu Kalil ao ser questionado sobre uma possível relação entre seu nome e supostos casos de corrupção envolvendo o PT.

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Questionado sobre Ciro Gomes (PDT), em quem declarou voto em 2018, Kalil afirmou que não está disposto a entrar em disputas ideológicas. "Eu não conversei com ele (Ciro) depois desse apoio ao Lula, mas ele entendeu quando veio aqui. Na vida a gente tem que ter coerência. Eu tenho uma forma de pensar, o Ciro tem a mesma e o Lula também tem. É o lado que pensa e que cuida de gente. E não me venha com esse negócio de esquerda e direita. É gente que cuida de gente. Eles (adversários políticos) estão um pouco assustados que o cara que veio da iniciativa privada está pensando em gente. Tentam tachar de foice, martelo, comunismo, não sei o quê. Esse não é meu papo. Meu papo é cuidar de gente. Eu nunca pulei de um lado radicalmente para outro".

"Temos que cuidar de gente pobre", disse Kalil. "Para todos eu digo o seguinte: 'quem cuida de pobre é poderoso e rico'. Porque não adianta, o pobre nunca vai poder cuidar do pobre, porque não aguenta nem cuidar de si. Eu tive oportunidade, não sou pobre, não ando de ônibus. Tenho caneta, relógio de ouro, tenho tudo isso. Mas no governo eu cuidei de pobre. Tanto o governador de Minas quanto o presidente da República, que têm o poder de cuidar desse povo, não cuidaram. A vida das pessoas piorou. Para mim, a carne é uma bobagem, a cervejinha é uma bobagem. Mas para quem é pobre, não é. Fazer um churrasquinho, tomar uma cerveja, poder comprar gás, fazer uma viagem para uma praia... Isso é vida, entendeu? O ser humano não é tartaruga. Ser humano não é passarinho. Para quem perdeu isso é muita coisa".

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Perguntado sobre o apoio de deputados federais de seu próprio partido a seu principal adversário, o atual governador mineiro, Romeu Zema (Novo), Kalil disse que a bancada federal do PSD só está interessada em cargos e emendas. "Muito ajuda quem pouco atrapalha. Eles ficam lá com o governador deles, eu sei por que eles estão com o Zema e com o Bolsonaro. Não trato política desse jeito. Tem cargos, tem emendas do relator, tem coisas aí que estão arrebentando o nosso país e não me interessam. Eles não têm a menor importância no quadro político em Minas Gerais. Eu nem sei o nome de todos e nunca entrei no gabinete de nenhum. Vários deles já foram encher meu saco lá na prefeitura".

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