Márcio França sugere que Doria faça 'delação premiada' para explicar por que 'foi obrigado a desistir' de candidatura

Pré-candidato do PSB a governador de São Paulo ironizou a saída de João Doria da disputa presidencial

João Doria e Marcio França
João Doria e Marcio França (Foto: Divulgação)


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247 - O ex-governador Márcio França (PSB), pré-candidato a governador de São Paulo, comentou a desistência de João Doria à candidatura presidencial pelo PSDB.  Em discurso transmitido pelas redes sociais, Doria disse que se retira da disputa "com o coração ferido, mas com a alma leve".

Pelo Twitter, Márcio França sugeriu que Doria fizesse uma "delação premiada" para explicar os motivos por trás de sua desistência. "O @jdoriajr deveria propor uma 'delação premiada' e divulgar ao Brasil, pq foi “expulso” do governo de SP, e foi obrigado a 'desistir' de sua pré candidatura a Presidente. Conta João!", escreveu. 

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Pesquisa Real Time Big Data, patrocinada pela Record e divulgada nesta segunda-feira (23), mostra o ex-ministro Fernando Haddad (PT) como favorito para vencer a disputa pelo governo de São Paulo. Haddad tem 29% contra 15% do ex-governador Márcio França (PSB) e do ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (PSC).

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Leia também matéria da Rede Brasil Atual sobre o assunto:

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O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) desistência de disputar a presidência da República. Em anúncio feito nesta segunda-feira (23), durante entrevista coletiva, Doria admitiu que não conseguiu convencer a cúpula do PSDB em abraçar sua candidatura. “Entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB, me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve”, afirmou.

A decisão do ex-governador vem às vésperas da reunião da executiva do PSDB para definir a posição da legenda na eleição de outubro. Na realidade, todas as pesquisas apontam o nome de Doria como o mais rejeitado pela opinião pública, inclusive no estado de São Paulo. Desse modo, os partidos que têm conversado sobre unificar um nome que assuma a condição de “terceira via” não veem margem para o tucano ir além dos 3% a 5% nas pesquisas.

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A retirada de Doria abre brecha para a senadora Simone Tebet (MDB-MS). PSDB, MDB e Cidadania negociam lançar candidatura única. Ela também se posiciona abaixo dos 3% nas pesquisas, mas os aliados avaliam que a senadora tem mais chance de crescer. É mulher, teve atuação destacada na CPI da Covid e, por ser pouco conhecida nacionalmente, tem taxa de rejeição baixa.

Consenso ou mais divisão?

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O MDB e o PSDB foram os principais articuladores do golpe de 2016, que destituiu Dilma Rousseff para impor o programa de governo que havia sido derrotado nas urnas. Caso as legendas definam o nome de Simone Tebet, o MDB se apresentará dividido nas eleições. Uma parte, ligada a Michel Temer e mais próxima ao Centrão, apoia Bolsonaro. Outra, ligada ao senador Renan Calheiros (AL), apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente do PSDB, o pernambucano Bruno Araújo, indicou que Tebet é o nome que sai na frente para ter o apoio tucano. “É o nome posto”, disse. Segundo o dirigente, a escolha contará com a “ajuda do governador João Doria”. Ele acrescentou que a ideia é construir “um projeto em que esse nome represente um compromisso com programas, projetos para o país e com o fortalecimento de palanques importantes, como é o caso do Rio Grande do Sul, onde o MDB pode ser um parceiro importante no projeto do PSDB”.

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Mas a unidade do PSDB, claramente fraturado, é improvável, mesmo que os líderes tentem passar essa impressão. Na ala gaúcha do partido está um dos principais opositores de Doria entre os tucanos, o ex-governador Eduardo Leite, derrotado por Doria nas prévias. Na composição de uma eventual chapa da “terceira” via”,  Leite é cotado para ficar como vice de Tebet.

Porém, a divisão dos tucanos não tem fim. Um ala defende que, com a saída de Doria do páreo, Leite seja o candidato do partido na disputa presidencial. Nesta terça-feira (24), a legenda se reúne com o MDB para discutir os rumos da campanha.

Tebet é um nome considerado “promissor” por ter baixa rejeição. Segundo o Ipespe, 37% não votariam na parlamentar “de jeito nenhum”. O índice de Doria é de 53%. Araújo desconversa sobre o vice. “Estamos focando agora em selar quem é o candidato a presidente. O caminho aponta para essa aliança feita com o MDB junto com o Cidadania. O PSDB está firme nessa coligação”, garante.

Em postagem no Twitter, o cientista político Vitor Marchetti, da Universidade Federal do ABC, ironizou o movimento do ex-governador de São Paulo. “Doria está deixando de participar da vida pública pela via pública. Voltará a fazer o que sempre fez, interferir na vida pública pela via privada”, escreveu.

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