Mais R$ 800 milhões do BID para limpar a Baía

O emprstimo para a concluso da despoluio da Baa de Guanabara foi assinado nesta tera-feira, pelo governador Srgio Cabral; a expectativa que as obras de saneamento estejam concludas antes dos Jogos Olmpicos, em 2016; nas cidades do entorno vivem R$ 10 milhes de pessoas



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247_ com Agência Rio - A despoluição da Baía de Guanabara pode deixar de ser lenda para 10 milhões de pessoas que moram no entorno de um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Nesta terça-feira o governador Sérgio Cabral assinou contrato de empréstimo de US$ 452 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). De acordo com o governo, os recursos vão possibilitar a conclusão da limpeza, com o tratamento de esgotos domésticos, hoje ainda jogados in natura nas águas da Guanabara.

O acordo, oficializado durante a Assembleia Anual do BID, em Montevidéu, no Uruguai, vai injetar recursos para o avanço do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios (PSAM), do entorno da Baía de Guanabara, região que abriga mais de 10 milhões de habitantes. O programa faz parte do Pacto pelo Saneamento, com o qual o governo vai ampliar os serviços de saneamento básico para 80% da população do estado até 2016.

A despoluição da Baía também faz parte do acordo firmado com o Comitê Olímpico Internacional, para a realização das Olimpíadas em 2016. Até a realização do evento serão cerca de R$ 2 bilhões em obras de esgotamento sanitário, sendo 1,13 bilhão por meio do PSAM. Desse total, cerca de R$ 800 milhões virão do empréstimo do BID e outros R$ 330 milhões da contrapartida do Estado ao financiamento.

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"Os recursos serão fundamentais para que possamos concluir a limpeza da Baía de Guanabara e, finalmente, garantir saneamento básico a mais de um milhão e meio de habitantes das cidades do entorno da Baía de Guanabara", afirma o governador.

O financiamento do BID contribuirá para que mais de 350 mil residências tenham acesso à rede de esgoto, beneficiando diretamente mais de 1, 6 milhão de pessoas. O empréstimo tem prazo de 25 anos e período de carência de cinco anos. Além do empréstimo do banco, também serão investidos mais US$ 188 milhões em saneamento. O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, destaca a abrangência do PSAM.

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"O programa é emblemático por sua magnitude porque representa a melhoria de condições de vida de grande parte da população do Estado do Rio de Janeiro e porque os benefícios, em termos de saúde pública e melhoria dos índices sociais, serão fortemente impactados pelas intervenções em uma região que é um dos principais cartões postais do Brasil", diz Moreno.

O presidente da Cedae, Wagner Victer, afirma que o Rio de Janeiro chegará a 2016 tratando em regime secundário – sistema que retira cerca de 98% das impurezas – 14 mil litros de esgoto por segundo (l/s). "Para se ter uma noção da grandeza dos números, até 2007 só eram tratados 2 mil l/s e, atualmente, com os investimentos realizados pela Cedae nos últimos cinco anos, já recebem tratamento secundário cerca de 6 mil l/s – diz Victer.

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O Psam substituiu o antigo Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), criado em 1992 e que se estendeu até 2006. Durante esse período, foram investidos no programa cerca de US$ 760,4 milhões, englobando US$ 349,3 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), US$ 162,8 milhões do Banco de Cooperação Internacional do Japão (Jbic) e US$ 248,3 milhões de contrapartida do governo fluminense. A partir de 2006, têm sido aplicados no Psam, com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), R$ 100 milhões, em média, por ano, na despoluição da Baía de Guanabara.

 

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