Laudo aponta fraude em assinatura de venda de mansão em Angra dos Reis a amigo de Flávio Bolsonaro
Advogado Willer Tomaz, amigo de Flávio Bolsonaro, afirma que empresária lhe vendeu a mansão, mas ela disse à polícia que sua assinatura foi fraudada

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247 - O processo sobre a posse de uma mansão na paradisíaca Ilha Comprida, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, que tem o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) arrolado como testemunha, ganhou novos contornos após um laudo anexado ao caso comprovar que a assinatura de Maria Alice Menna, dona da M Locadora, empresa que tinha o registro de direito de uso da ilha, foi fraudada, diz a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
“O advogado Willer Tomaz, amigo de Flávio Bolsonaro e que vem empenhando esforços para tomar a casa desde que o senador se encantou pelo local, afirmou à Justiça que Maria Alice Menna teria transferido todos os direitos da empresa para Donato Galvez, proprietário de 44% da M Locadora e que concordou em vender o imóvel para Tomaz. A proprietária nega que tenha aberto mão de seus direitos na empresa e pede que a Justiça anule todo o processo jurídico que deu ao amigo de Flávio a posse do imóvel”, destaca a reportagem.
O imóvel foi vendido em 2020 para a Sport 70, empresa do jogador da Seleção Brasileira Richarlison e de seu empresário. Em maio de 2022, porém, a Justiça, em decisão liminar, transferiu a posse do imóvel ao advogado Willer Tomaz, amigo de Flávio Bolsonaro.
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Ainda conforme a reportagem, Maria Alice afirmou, em um boletim de ocorrência registrado no dia 18 de julho deste ano, que “Donato Galvez a teria coagido a assinar documentos informando, vagamente, serem ‘algumas alterações contratuais’ devido à morte dos sócios originais. Maria Alice e Donato são inventariantes da M Locadora”.
Ainda segundo Maria Alice, alguns dias depois, Donato teria autenticado uma outra alteração contratual sem que ela tivesse assinado o documento. ”Segundo Maria Alice, a 22ª alteração contratual, que transferiu a posse da mansão na Ilha Comprida para Willer Tomaz, foi apresentada ao cartório com uma assinatura falsa de Maria Alice”, ressalta a reportagem.
“Donato fez a alteração contratual com o fim de obter para si vantagem ilícita em prejuízo da depoente, a induzindo e a mantendo em erro, mediante artifício fraudulento; [Maria Alice disse] que o novo contrato de venda feito por Donato e registrado em 25 de abril de 2022 em sua cláusula terceira. [Maria Alice disse] que Donato vende a casa de Angra dos Reis por R$ 600. 000, 00 e diz que todo o montante deve ser transferido para sua conta”, diz um trecho do boletim de ocorrência.
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