IBOPE exclui Rio das cidades mais violentas

Regies Norte, Centro-Oeste e Nordeste esto entre as mais violentas do Pas; No Rio, os indicadores de segurana urbana esto melhorando desde a implantao das UPPs; populao quer ao das Foras Armadas no combate ao crime



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Rio247_O Rio de Janeiro já foi conhecido como a cidade mais insegura do Brasil. Não é mais. A pesquisa "Retratos da Sociedade Brasileira: Segurança Pública" feita pelo Ibope e divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que as maiores incidências de violência foram registradas nas Regiões Norte/Centro-Oeste e Nordeste, onde, respectivamente, 43% e 33% dos entrevistados relataram terem sofrido eles próprios ou um parente furto, assalto ou agressão nos últimos 12 meses.

No geral, 9% dos entrevistados foram furtados, assaltados ou agredidos, 19% sabem de parentes que sofreram algum desses crimes e 2% relataram violência tanto contra si como contra um familiar. Assim, 30% da população sofreram diretamente com a violência no período de um ano. O percentual também é elevado entre os residentes nas capitais (42%) e nas cidades com mais de 100 mil habitantes (38%). Uma das consequências desse dado é que 80% dos brasileiros mudaram algum hábito por conta da criminalidade, principalmente evitar andar com dinheiro.

O levantamento ainda revela que a violência restringe a circulação da população pela cidade: 54% dos consultados evitam sair à noite, 48% deixaram de circular por alguns bairros ou ruas e 36% mudaram o trajeto entre a residência e o trabalho ou a escola. Além disso, 79% presenciaram violência nos últimos 12 meses, sendo que a ocorrência mais comum é o uso de drogas na rua, crime relatado por 67% da população.

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O combate ao tráfico é prioridade para a segurança pública na opinião de 58% dos entrevistados. Que o diga o Rio de Janeiro. Desde que o novo governo implementou as Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, os índices de criminalidade na cidade caíram expressivamente. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio, nos primeiros sete meses deste ano os roubos de veículos no estado diminuíram 15,3%, e os roubos de rua tiveram redução de 14,3%, enquanto o índice de letalidade violenta - somatório do número de vítimas de homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, latrocínios e autos de resistência – tiveram queda de 13,2%.

As incidências de letalidade violenta no estado do Rio de Janeiro, nos sete primeiros meses de 2011, caíram de 3.559,em 2010, para 3.088, o melhor resultado desde 2000. Já o número de roubos de veículos teve redução de 12.522 para 10.605 este ano, sendo também o melhor resultado dos últimos 11 anos. O indicador de roubo de rua diminuiu de 47.337 para 40.556 no mesmo período.

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Segundo a pesquisa "Retratos da Sociedade Brasileira: Segurança Pública", 90% concordam que ações sociais, como educação e formação profissional, contribuem mais para diminuir a violência do que ações repressivas. "É consenso entre a população brasileira que as políticas sociais são mais eficazes para a redução da violência, mas a grande maioria também defende punições mais duras contra o crime, sobretudo contra os mais violentos", afirma o documento. Este pensamento é compartilhado pelo Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e, em certa medida, vem sendo aplicada em algumas áreas violentas da cidade. Exemplo disso é a ação das forças de segurança no Complexo do Alemão, desde novembro de 2010 ocupado pó 1.600 soldados do exército.

Instituições

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Se a atuação do exército como forças auxiliares no combate à violência urbana não é unanimidade entre os militares, para a população brasileira, segundo a pesquisa do IBOPE, as Forças Armadas e a Polícia Federal são consideradas as instituições mais eficientes para a segurança pública, sendo avaliadas como ótima/boa e regular por, respectivamente, 90% e 89% dos entrevistados. Por outro lado, as instituições com pior popularidade são o Poder Judiciário, com 34% de avaliação ruim ou péssima, e o Congresso Nacional, mal avaliado por 45% dos consultados.

A segurança pública aparece em segundo lugar em uma lista de 23 maiores problemas que o Brasil enfrenta, perdendo apenas para a saúde. O tráfico e o uso de drogas aparecem na terceira colocação. No geral, 51% dos brasileiros consideram a situação da segurança pública no País ruim ou péssima e 36%, regular. Apenas 12% a avaliam como ótima ou boa. Só 15% da população percebeu alguma melhora na situação da segurança pública nos últimos três anos. Já para 37% o quadro piorou. Para tentar reverter essa situação, 84% defendem o uso das Forças Armadas no combate à criminalidade.

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