Haddad diz que vai melhorar salário de médicos, rever 'confisco' de aposentados e critica Tarcísio
'Não vejo proposta que dialogue com o povo de São Paulo porque ele mudou para cá há apenas seis meses', disse o petista sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos)

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247 - O candidato ao governo do estado de São Paulo Fernando Haddad (PT) prometeu nesta sexta-feira (21) que, se for eleito, vai melhorar os salários de médicos. "Para você pagar bem, você tem que diminuir o custo por procedimento", disse. O petista afirmou também que o chamado "confisco" sobre aposentados proposto pelo governo João Doria é ilegal. "Você não pode baixar um decreto, começar a descontar do contracheque de um aposentado que já contribuiu durante 25, durante 30 anos", continuou. O ex-prefeito criticou o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Não consigo ver proposta que dialogue com o povo de São Paulo porque ele mudou para cá há apenas seis meses".
As declarações foram concedidas em entrevista ao SP2 e publicadas nesta sexta-feira (21) pelo portal G1. Ao falar sobre a saúde, Haddad afirmou que, se houver "agilidade no tratamento, o custo por procedimento cai". "Você pode remunerar melhor o médico. O problema do médico é remuneração. Não está faltando médico, nós estamos formando mais médicos no Brasil. Se você pagar o que o setor privado paga, você vai ter o médico. Para você pagar bem, você tem que diminuir o custo por procedimento. Se a cirurgia sai cara, você não consegue fazer. Se você aumenta o fluxo de atendimento, você consegue remunerar, porque ele vai fazer mais cirurgias em um dia de trabalho", disse.
O candidato afirmou que pretende rever a Reforma da Previdência dos servidores paulistas implementada por João Doria (sem partido). "Doria, por decreto, resolveu cobrar contribuição dos aposentados entre um salário mínimo e o teto da Previdência. Isso é ilegal. Você não pode fazer isso. Você não pode baixar um decreto, começar a descontar do contracheque de um aposentado que já contribuiu durante 25, durante 30 anos. É uma coisa que não tem nem previsão legal. Isso vai virar um enorme precatório".
O ex-prefeito falou sobre as suas articulações. "Eu tenho o apoio do ex-governador Márcio França desde o primeiro turno. Tenho apoio do governador que por mais tempo governou o estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, a pessoa mais experiente para falar sobre o estado. Tenho o apoio de oito partidos neste momento , seis no primeiro turno e mais dois, PDT e Solidariedade, no segundo turno", continuou.
"Tenho apoio de todas as centrais sindicais de todo o movimento social, tenho apoio de grande parte do serviço público estadual que foi maltratado durante os últimos quatro anos. Eu acho que o que ganha uma eleição é a melhor proposta. A minha convicção é a de que nós temos o melhor plano de governo. Eu desafio as pessoas a numerar as propostas do meu adversário, Tarcísio de Freitas. Eu não consigo ver nenhuma proposta que dialogue com o povo de São Paulo porque ele mudou para cá há apenas seis meses".
O petista Haddad reafirmou seu compromisso de criar um Bilhete Único Metropolitano, que possibilite ao passageiro integrar tarifas entre cidades paulistas. "Eu fui subsecretário de Finanças na gestão da Marta [Suplicy, na Prefeitura de SP], e eu participei de dois projetos muito importantes para a cidade, a criação dos CEUS e a criação do Bilhete Único na capital. Não foi fácil. Foram dois anos de trabalho para viabilizar o projeto. Não é fácil você integrar a região metropolitana, mas a tecnologia existe. Ou seja, o governo do estado vai ter que entrar com um subsídio", disse.
"Hoje você tem uma pessoa que mora na Grande São Paulo e trabalha na capital, chega a gastar R$ 30 por dia. R$ 15 de ida, R$ 15 de volta. Se eu fizer um bilhete de integração válido por quatro horas, ele chega ao trabalho e volta do trabalho com uma passagem. Ao invés de gastar R$ 30, ele vai gastar menos do que isso. E isso vai ajudar muito o próprio comércio, porque é uma forma de aumentar a renda do trabalhador".
No primeiro turno das eleições, Haddad recebeu 8.337.139 de votos (35,70%). Ele disputará o segundo turno com Tarcísio de Freitas, que teve 9.881.995 votos (42,32%).
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