Governo quer limitar o fluxo de voos no Santos Dumont para “retomar o protagonismo do Galeão”

Diante do esvaziamento do Galeão, governo federal quer limitar o fluxo de passageiros no aeroporto Santos Dumont para reduzir filas e garantir mais qualidade no serviço de embarque

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


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247 — Diante do esvaziamento do Galeão, o governo federal anunciou que pretende limitar o fluxo de passageiros no aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro, para reduzir as filas e garantir mais qualidade no serviço de embarque.

O objetivo é “retomar o protagonismo do Galeão”, que teve movimento de apenas 5,9 milhões de passageiros em 2022, enquanto sua capacidade anual é de 37 milhões. 

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O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou que o Santos Dumont “terá uma redução em relação ao número registrado em 2022, e ficará abaixo de dez milhões de passageiros em 2023”.

“O Santos Dumont terá como limite o que tinha antes da pandemia, 9,5 milhões de passageiros, porque é o padrão de conforto e segurança para o passageiro. Aquele espaço físico tem um limite”, disse França ao jornal O Globo.

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França não afirmou que haverá transferência de voos do Santos Dumont para o Galeão, mas membros da pasta admitem que essa é a tendência. Aliados do ministro afirmam que o governo estadual e a prefeitura têm pleiteado a redução do número de voos no Santos Dumont para fortalecer o Galeão. 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, defende que os dois terminais sejam privatizados de maneira integrada. “O Santos Dumont não pode ficar sendo a única receita da Infraero para sustentar todos os aeroportos do Brasil. É isso que está se querendo fazer neste momento”, afirma. “Eles são complementares. Por isso defendo que a concessão seja feita em conjunto”, continua.

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No Twitter, Paes escreveu, neste sábado (8):

  1. “1. Com todas as críticas que são feitas e com o galeão do jeito que está, o Rio é o maior receptor do Brasil de turistas internacionais em viagens de lazer;
  2. “2. Em 2022, cerca de 550.000 passageiros internacionais com destino Rio tiveram que fazer conexão em SP para chegar ao Rio;
  3. “3. Hj o Rio tem voo direto para somente 27 destinos domésticos. São Paulo tem 57, Brasília 40, BH 39, Recife 30;
  4. “4. Em função deste baixo número de destinos domésticos, hj cerca de 5.000 passageiros/dia tem que fazer pelo menos 1 conexão para chegar ao destino final. Este o maior número entre as 10 principais cidades brasileiras. BH, por exemplo são 2300 passageiros/dia; em São Paulo são 2.700. Isto é resultado da concentração de voos em um aeroporto estrangulado como o SDU.
  5. “5. O Galeão não tem mais conexão com o Porto Alegre, Florianopolis e Curitiba, mercados importantissimos para alimentar os voos intercontinentais do Rio de Janeiro. Sem esses passageiros, um Lufthansa (Rio-Munich) nao consegue voltar para diaria, uma American Airlines não consegue manter o voo JFK pelo ano inteiro. Só alta estação…

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