Frigorífico que montou palanque para Eduardo Bolsonaro discursar é investigado por assédio eleitoral
Eduardo Bolsonaro e patrões fazem campanha contra Lula para empregados em palanque montado nas dependência da empresa, pressionando os funcionarios a votar em Bolsonaro

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247 - Mais um frigorífico mineiro entrou na mira do Ministério Público do Trabalho (MPT). Desta vez o alvo é o frigorífico Rivelli, de Minas Gerais, que está sendo investigado por assédio eleitoral depois de permitir que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) subisse em um palanque montado no pátio da empresa, na cidade de Barbacena, e fizesse campanha contra Lula (PT). As informações são da jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, além de Eduardo Bolsonaro, Paulo Richel, diretor administrativo-financeiro do frigorífico, também subiu no palanque. No discurso, afirmaram que o Jair Bolsonaro está "conseguindo fazer a economia andar" e que isso seria benéfico para os empregados: o frigorífico cresceria e "mais oportunidades a gente vai ter".
As cenas foram gravadas por uma equipe da CNN Portugal que estava em Minas Gerais, no dia 18 de outubro. No vídeo, Eduardo Bolsonaro assedia os empregados da empresa e, de acordo com a reportagem, alerta para "os riscos do Lula" vencer as eleições no dia 30, insinuando que, se Lula ganhar, a crise do país vizinho [Argentina] pode se instalar no Brasil.
Em reunião realizada na última terça-feira (25), o MPT deu um prazo de 24 horas para que a empresa divulgasse em todos os grupos de Whatsapp da Rivelli uma mensagem falando sobre os direitos dos trabalhadores de escolherem livremente os seus candidatos políticos sem que sofram qualquer retaliação.
"A Rivelli Alimentos S/a, em cumprimento à recomendação do Ministério Público do Trabalho, reitera o direito dos seus empregados de escolherem livremente seus candidatos nas eleições, independentemente do partido ou ideologia política; declara que não adota qualquer medida retaliatória, como a demissão em razão de opinião e escolha política partidária; e repudia qualquer tipo de comportamento que possa caracterizar violação à liberdade de consciência, de expressão e de orientação política", diz o documento.
O texto também deverá ser publicado em todos os quadros de avisos de todos os estabelecimentos da empresa até o domingo (30), dia da votação do segundo turno das eleições.
Uma nova audiência entre a Rivelli e o MPT está marcada para esta quinta-feira (27).
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