Freixo volta a se dizer contra legalização das drogas: 'não é papel do governador dividir a sociedade'

Antigo defensor da descriminalização das drogas no Brasil, o candidato ao governo do Rio afirmou ter mudado de opinião após ter 'escutado a sociedade'

Marcelo Freixo
Marcelo Freixo (Foto: Reprodução / g1)


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247 - O candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB), voltou a falar sobre o tema da legalização das drogas em entrevista ao portal g1 nesta terça-feira (22), reafirmando sua posição contrária à liberação por alegar que "não é possível concordar com qualquer assunto que divida ainda mais a sociedade brasileira do jeito que está dividindo."

Antigo defensor da descriminalização das drogas no Brasil, Freixo afirmou ter mudado de opinião após ter 'escutado a sociedade': "Ando por todo o estado do Rio de Janeiro e converso demais com as famílias que vivem nos lugares mais pobres, e o que eu mais tenho escutado nos últimos anos é o seguinte: 'aqui tem muita droga, muita arma, tiro, violência.'"

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O candidato afirmou que é possível contornar o problema das drogas com outras medidas eficientes: "Como governador eu posso fazer muita coisa: ter uma polícia mais treinada e eficiente, posso reduzir letalidade, homicídio, e tudo isso vou fazer. Posso também fazer tratamento de dependentes químicos ampliado junto à prefeitura."

"Mudar de opinião é importante a partir de você ouvir a sociedade. Eu não acho que seja um defeito mudar de opinião, é necessário saber ouvir as pessoas. Eu sou professor. Eu nasci em São Gonçalo e me mudei para o 'Fonsequistão' aos 3 anos, vivi lá até os 40. Eu sei o que é viver num lugar violento. E vamos deixar algo claro: não quer dizer que eu seja favorável à guerra, à morte, à letalidade, muito pelo contrário, sou contra. Mas eu não posso ser favorável a uma legalização que nesse momento vai dividir a sociedade e que não é papel do governador", concluiu.

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"Questão completamente pacificada", sobre André Ceciliano e Alessandro Molon

A entrevista também abordou a recente questão relacionada à escolha do candidato a senador pela coligação que envolve o PT e o PSB no Rio. Em troca de apoiar Marcelo Freixo ao governo, o PT esperava poder contar com o apoio do PSB para o nome de André Ceciliano (PT) ao Senado. No entanto, Alessandro Molon (PSB) não abriu mão de sua candidatura ao mesmo cargo e tal situação acabou causando um pequeno 'racha' temporário na aliança.

Após reuniões internas, o PT decidiu manter o apoio a Freixo e a coligação seguiu viva. Sobre isso, o candidato ao governo afirmou ao g1: "Hoje, esta questão do Senado está completamente pacificada. A gente fez uma aliança com oito partidos, isso nunca aconteceu no Rio de Janeiro. A lei permite e nós temos dois candidatos: Alessandro Molon, pelo PSB, com apoio do PSOL e Rede, e o André Ceciliano, com apoio do PT, PcdoB e do PV, e isso não impediu nossa coligação."

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"Eu acho particularmente perigoso ter dois candidatos porque podemos acabar tendo prejuízo eleitoral, mas eu tenho os dois melhores candidatos ao Senado no RJ, e os dois me apoiam, isso é sinal de capacidade de diálogo e união. Isso é possível, a lei permite. E a aliança não foi desfeita, tá formada, uma aliança com apoio do Lula, que é muito importante para a gente", pontuou Freixo.

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