Filho de Amarildo: ‘essa história está estranha’

Os familiares do pedreiro Amarildo de Souza querem saber quem são as duas testemunhas, mãe e filho, que os acusaram em depoimento à polícia de envolvimento no tráfico na Rocinha, mas mudaram a versão dos fatos; "Ninguém sabe quem é esse 'cara' e a mãe dele lá na Rocinha", disse o filho de Amarildo, Anderson Gomes ao JB

Os familiares do pedreiro Amarildo de Souza querem saber quem são as duas testemunhas, mãe e filho, que os acusaram em depoimento à polícia de envolvimento no tráfico na Rocinha, mas mudaram a versão dos fatos; "Ninguém sabe quem é esse 'cara' e a mãe dele lá na Rocinha", disse o filho de Amarildo, Anderson Gomes ao JB
Os familiares do pedreiro Amarildo de Souza querem saber quem são as duas testemunhas, mãe e filho, que os acusaram em depoimento à polícia de envolvimento no tráfico na Rocinha, mas mudaram a versão dos fatos; "Ninguém sabe quem é esse 'cara' e a mãe dele lá na Rocinha", disse o filho de Amarildo, Anderson Gomes ao JB (Foto: Leonardo Lucena)


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Jornal do Brasil - Os familiares do pedreiro Amarildo de Souza querem saber quem são as duas testemunhas, mãe e filho, que os acusaram em depoimento à polícia de envolvimento no tráfico na Rocinha, mas mudaram a versão dos fatos no decorrer das investigações. Em entrevista ao Jornal do Brasil nesta terça-feira (24/9), o filho de Amarildo, Anderson Gomes, desabafou e disse que ele e sua mãe, Elisabeth Gomes, estão achando "essa história" muita estranha e um mistério na comunidade, pois ninguém conhece o jovem e a sua mãe, que na sexta-feira passada (20/9) foram retirados da cidade por agentes federais.

O jovem e sua mãe disseram no primeiro depoimento à Polícia Civil que Amarildo tinha sido assassinado por traficantes, que costumavam torturar as suas vítimas na casa da família. No segundo depoimento, prestado na semana seguinte, as testemunhas confessaram que haviam mentido em troca de dinheiro oferecido por policiais da UPP. "Isso prova que eles estão se enrolando nas próprias armadilhas. Eu e a minha mãe [Elisabeth Gomes] estamos acompanhando cada passo das investigações e quando chega uma nova notícia a gente tenta saber se é verdade mesmo ou se estão inventando, como aconteceu com esse rapaz e a sua mãe. Olha, ninguém sabe quem é esse 'cara' e a mãe dele lá na Rocinha. Já perguntamos pra toda comunidade, todo mundo acha estranho", disse Anderson.

Segundo Anderson, a família está aguardando com ansiedade o laudo pericial das duas reconstituições realizadas pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio. "Na verdade, nós já temos certeza de quem matou o meu pai, mas queremos saber o que a polícia vai concluir. Nós queremos e vamos exigir Justiça", contou ele. A família de Amarildo não conseguiu na Justiça a declaração de morte presumida do pedreiro e eles ficaram impossibilitados de requerer a pensão do Estado, complicando a vida financeira deles. "Antes a gente ainda recebia donativos, a população estava ajudando mais, mas agora estamos realmente sem dinheiro para alimentar tanta gente, a nossa família é grande e nem todos estão trabalhando", informou Anderson.

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Após ter a sua imagem massificada na mídia, com inúmeras entrevistas sobre a morte do seu pai, Anderson caiu na simpatia de olheiros do mundo da moda e está estreando nas passarelas. Com 21 anos, 1,83m de altura e olhos azuis, Anderson acredita que seu futuro pode estar realmente no universo cultural. "Eu começo amanhã [terça-feira, 24/9] um curso de teatro e estou muito empolgado. É também um caminho para superar a dor, seguir a vida e, principalmente, ter uma renda para ajudar a minha família", contou ele.

O pedreiro Amarildo de Souza está desaparecido desde 14 de julho, após ter sido conduzido por policiais militares, durante a Operação Paz Armada, da sua casa até a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.

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