Fifa propõe cota social no lugar de meia-entrada na Copa

Secretrio-geralJrme Valcke defendeque sejam vendidos ingressos dentro de uma cota social no lugar da meia-entrada; apenas 10% dos ingressos estariam nesta categoria



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O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, propôs nesta terça-feira (8), durante audiência na comissão da Câmara que discute a Lei Geral da Copa, que sejam vendidos ingressos dentro de uma cota social no lugar da meia-entrada. Ele admitiu que a Fifa "não gosta da meia-entrada" e defendeu que uma cota social permitirá que mais pessoas possam entrar nos jogos do Mundial de 2014.

"Em vez de diferentes grupos com direito a meia-entrada, propus uma categoria 4 (de ingressos) que será reservada apenas aos brasileiros. Nessa categoria 4, trabalharemos com acesso privilegiado aos estudantes, aos diferentes grupos que têm acesso a meia-entrada", disse Valcke. "Quando damos meia-entrada de forma geral, não são os mais pobres que têm essa possibilidade."

A ideia de uma categoria com ingressos mais baratos para cidadãos do país que recebe a Copa já foi aplicada na edição de 2010, na África do Sul. Segundo Valcke, esses bilhetes custariam cerca de US$ 25,00 (cerca de R$ 42,00) no Brasil. Mas ele também alertou ser necessário haver fiscalização para que essas entradas não caiam nas mãos de cambistas.

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Valcke destacou que, na conversa que teve com a presidente Dilma Rousseff no começo de outubro, em Bruxelas, na Bélgica, lhe foi dito que a meia-entrada na Copa de 2014 valeria apenas para idosos, por se tratar de uma lei federal.

O secretário-geral da Fifa lembrou ainda que as garantias exigidas pela entidade são as mesmas desde 2007, quando o Brasil assinou o acordo para sediar o evento. "Não mudamos nenhuma palavra do que foi pedido", disse Valcke, ressaltando que não há qualquer questionamento à soberania brasileira.

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Ele aproveitou a reunião para cobrar novamente o Brasil em relação às obras de mobilidade urbana. "Estamos atrasados, não podemos perder nenhuma dia", avisou. Para o secretário-geral da Fifa, dirigir em São Paulo, por exemplo, é um "pesadelo".

Valcke destacou que, apesar de a Copa das Confederações em 2013 ser um evento teste, é preciso acelerar as obras, porque não haverá tempo de fazer nenhuma "mudança fundamental" entre a competição e o Mundial de 2014.

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Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do Comitê Organizador Local, também foi à audiência na Câmara. Ele fez uma rápida explanação destacando as vantagens que o Brasil poderá ter com o evento. E cobrou pressa na votação do projeto da Lei Geral da Copa. "A discussão é saudável, mas o tempo não está do nosso lado", alertou.

 

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