Federais prendem integrante da quadrilha de Jorgina de Freitas
Depois de 12 anos da condenao, Polcia Federal prendeu ex-procurador-chefe do INSS, um dos responsveis pelo maior escndalo de fraude no sistema previdencirio brasileiro; Raimundo Linhares de Arajo, hoje tem 82 anos
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 com Agência Brasil - A Polícia Federal anunciou hoje (2) que conseguiu prender o ex-procurador-chefe do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Raimundo Linhares de Araújo, de 82 anos. Ele havia sido condenado, na década de 1990, a 11 anos de prisão, por integrar a quadrilha liderada por Jorgina Maria de Freitas Fernandes, mas estava foragido.
O grupo causou um prejuízo aos cofres públicos de R$ 500 milhões, por meio de fraudes previdenciárias. Raimundo Linhares foi procurador do INSS entre 1984 e 1989 e de 1990 a 1991.
Ele havia sido condenado pelos crimes de peculato (que é a apropriação indevida de bens ou recursos públicos) e formação de quadrilha. Ele foi preso no dia 29 de março, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e encaminhado ao Presídio Ary Franco, no estado do Rio de Janeiro.
Entenda o escândalo da década de 1990
Jorgina Maria de Freitas Fernandes foi a líder do esquema que desviou mais de 50% da arrecadação total do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); na época desvio foi estimado em de mais de R$ 500 milhões. Ela era advogada e procuradora previdenciária no INSS. A quadrilha contava com nomes de advogados, funcionários do órgão federal e até juízes do estado do Rio de Janeiro. Foi presa e condenada a 14 anos de prisão em 1992. O escândalo de desvio milionário de verbas de aposentadorias ficou conhecido como Caso Jorgina de Freitas.
Mas ela só foi presa em cinco anos após sua condenação, em 1997, na Costa Rica, para onde fugiu. O governo brasileiro conseguiu repatriar uma parte do dinheiro desviado para outros países, ilegalmente. Somente Jorgina teria desviado R$ 310 milhões.
Jorgina ficou em regime fechado até janeiro de 2007, quando cumpriu pena em regime semi-aberto; em junho de 2010 foi solta.
Até hoje, somente R$ 82 milhões dos R$ 310 desviados por ela e sua quadrilha retornaram aos cofres públicos. Em 2003, foram leiloados 63 imóveis da advogada. Há ainda 150 imóveis confiscados aguardando o final das ações. O registro de Jorgina na OAB do Rio foi cassado em 2001.
.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247