Família e amigos se despedem de jornalista Dom Phillips em Niterói

"Hoje Dom será cremado no país que amava, seu lar escolhido, o Brasil", disse a esposa de Phillips, Alessandra Sampaio

Alessandra Sampaio
Alessandra Sampaio (Foto: Reuters/Pilar Olivares)


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Por Sebastian Rocandio e Pilar Olivares (Reuters) - A família e amigos de Dom Phillips, morto na Amazônia ao lado do indigenista Bruno Pereira no início deste mês, se despediram do jornalista britânico em um funeral em Niterói (RJ) neste domingo.

A esposa de Phillips, Alessandra Sampaio, seus irmãos Sian e Gareth e o cunhando Paul Sherwood participaram do funeral do jornalista, que tinha 57 anos.

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"Hoje Dom será cremado no país que amava, seu lar escolhido, o Brasil", Sampaio disse em meio a lágrimas.

"Dom era uma pessoa muito especial, não apenas por defender aquilo que acreditava como profissional, mas também por ter um coração enorme e um grande amor pela humanidade."

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Sian revelou que o casal planejava adotar duas crianças brasileiras.

Phillips, um repórter freelancer que já escreveu para jornais como Guardian e Washington Post, realizava pesquisas para um livro durante a viagem com Pereira, ex-servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), quando ambos desapareceram no Vale do Javari (AM) no dia 5 de junho.

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Os corpos foram encontrados cerca de dez dias depois, após Amarildo da Costa --um pescador que confessou tê-los matado-- indicar para a polícia o local em que o jornalista e o indigenista estavam enterrados na floresta amazônica.

O funeral de Phillips ocorre dois dias depois do funeral de Pereira, realizado em Pernambuco sob homenagens de indígenas.

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Nas imediações do cemitério em Niterói, pessoas protestaram com cartazes com mensagens como "Quem mandou matar Dom e Bruno?".

A Polícia Federal disse neste mês que investigações sugeriram que mais indivíduos além de Costa estavam envolvidos no crime, mas que eles provavelmente agiram sozinhos, sem o envolvimento de um mandante ou de uma organização criminosa.

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A teoria foi contestada pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que teve papel de liderança nas buscas e disse ter alertado a polícia diversas vezes sobre um grupo de crime organizado operando no Vale do Javari.

A família de Phillips disse que seguirá atenta aos desdobramentos das investigações de perto e exigindo justiça.

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"Ele foi morto porque tentou contar ao mundo o que estava acontecendo com a floresta amazônica e seus habitantes", disse Sian Phillips.

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