Estado de S. Paulo diz que Bolsonaro deixará "herança maldita" a sucessor
"Sem planejamento, o presidente deixará como legado os custos de ações improvisadas e de erros acumulados em quatro anos", afirma editorial do jornal
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247 - Em editorial publicado nesta terça-feira (3), o Estado de S. Paulo afirma que Jair Bolsonaro (PL) deixará uma "herança maldita" a seu sucessor. Todas as pesquisas eleitorais mostram que o ex-presidente Lula (PT) é o favorito para assumir a Presidência da República a partir de 2023.
"Uma conta de pelo menos R$ 82,3 bilhões será passada a quem assumir a Presidência da República em 1.º de janeiro. Esse é o custo, por enquanto, das bondades eleitorais do presidente Jair Bolsonaro. Sua campanha de reeleição, extremamente cara, tem sido e continuará, nos próximos anos, sendo financiada com recursos públicos", diz o texto, ressaltando gastos com o Auxílio Brasil, reajuste de servidores, auxílio-gás e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
O veículo afirma que o governo Bolsonaro não tem organização nem projeto. "Essa herança resultará, em grande parte, de medidas improvisadas, como têm sido, com frequência, as iniciativas presidenciais no atual mandato, iniciado em 2019. Nunca houve, nesse período, um plano de governo, com metas, programas e projetos articulados. Nem a saúde fiscal, uma bandeira sustentada com razoável constância pela equipe econômica, tem sido levada em conta, normalmente, nas decisões do presidente. (...) Sem planejamento, o presidente deixará como legado os custos de ações improvisadas e de erros acumulados em quatro anos".
O jornal ressalta o lado positivo de auxílios concedidos pelo governo Bolsonaro, como o auxílio-gás, mas destaca que nenhuma medida deste tipo foi vinculada a um projeto maior "de desenvolvimento econômico e de inclusão social".
Metade do mandato do próximo presidente, conclui o Estado de S. Paulo, "estará prejudicada pela herança da atual administração".
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