Esquema de 'hospedagem' na Polinter: 13 prisões

Na cadeia de Nova Friburgo, policiais mantinham controle sobre permanncias e transferncias de presos; ficar ali podia custar at R$ 2 mil por quinzena; visitas ntimas tambm eram cobradas, como acontece nos motis; casa caiu com a Operao Fara



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13 pessoas foram presas hoje, durante operação contra quadrilha acusada de praticar crimes de concussão, prevaricação, usurpação de função pública e facilitação de acesso a aparelho telefônico a presos no Rio de Janeiro. Cinco suspeitos estão foragidos. Os mandados de prisão foram cumpridos na capital, Niterói, Teresópolis e Nova Friburgo.

Os 16 suspeitos foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Entre eles estão o Delegado de Polícia Civil e Coordenador do Núcleo de Controle de Presos (NUCOP), Renato Soares Vieira, oito policiais civis, seis detentos e uma servidora, ao Juízo da 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo.

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), o grupo tinha o controle sobre as transferências dos presos da Polinter - Base Nova Friburgo para outras unidades prisionais. Eles são acusados de montar um esquema de arrecadação de vantagens ilícitas ao exigir dinheiro dos presos ou de seus familiares para impedir essas transferências, como também para a realização de visitas comuns e íntimas. A investigação identificou uma tabela de preços, onde era cobrado R$ 10 por hora por visitas e cerca de R$ 1.500 a R$ 3 mil para evitar transferências de presos.

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Denominada Operação Faraó, a ação teve por base investigações iniciadas pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo e, posteriormente, conduzidas pela Corregedoria-Geral Unificada (CGU).

A investigação teve por base prova testemunhal e conversas telefônicas que flagraram diálogos entre os membros da quadrilha descrevendo as práticas criminosas realizadas até outubro deste ano.

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Abaixo, notícia a respeito publicada hoje em Rio247:

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A operação Faraó, deflagrada pela CGU (Corregedoria Geral Unificada) na manhã desta terça-feira (8), prendeu quatro pessoas acusadas de pertencer a esquema de propina nas carceragens da Polinter. Entre os presos está um delegado, identificado como Renato Soares Vieira, coordenador do Núcleo de Controle de Presos da Polinter (Nucop).

Segundo informações da polícia, a quadrilha cobrava propina para realizar transferências ou permanência dos presos nas carceragens. O grupo também extorquia dinheiro de parentes e de presos para garantir mordomias atrás das grades e visitas. O valor cobrado pelo grupo chegava a R$ 2mil por 15 dias de permanência nos presídios da Polinter.

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A ação visa cumprir 16 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Participam da ação a Corregedoria Geral Unificada (CGU) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) nos municípios do Rio, Teresópolis, Friburgo, São Gonçalo, além da Baixada Fluminense. Todos são integrantes de uma quadrilha que atuava na DC Polinter, base de Friburgo. A base de Friburgo já havia sido desativa há cerca de dois meses, como parte da investigação.

De acordo com o delegado Marcelo Fernandes Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil, nove mandados de prisão são para policiais, sendo sete inspetores, um oficial de cartório e um delegado, já preso. Os outros sete mandados são para quatro homens que já estão presos e dois em prisão temporária. Uma servidora terceirizada do Nucop também é procurada.

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