Entregador chicoteado por mulher bolsonarista desabafa: "nem animal é tratado daquele jeito"

"Será que porque ela mora em São Conrado e paga imposto caro, ela acha que pode fazer isso?", questionou Max Angelo dos Santos ao depor nesta quarta-feira

Sandra Mathias Correia de Sá e Max Ângelo dos Santos
Sandra Mathias Correia de Sá e Max Ângelo dos Santos (Foto: Reprodução)


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247 - O entregador Max Angelo dos Santos compareceu à 15ª DP (Gávea) nesta quarta-feira (12) para prestar depoimento sobre as agressões que sofreu no último domingo (9) pela nutricionista e professora de vôlei bolsonarista Sandra Mathias Correia de Sá, investigada por lesão corporal e injúria. A informação é do portal g1.

Em sua fala, Max expressou indignação com as agressões: “nem animal é tratado daquele jeito. Será que porque ela mora em São Conrado e paga imposto caro, ela acha que pode fazer isso?"

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"Eu também pago os meus impostos. Aquilo que ela fez não se faz nem com cachorro. Ela não está lidando com animal e sim ser humano. Eu sou ser humano e sangro como ela. Ela não veio e fico triste. Porque é a chance dela de se defender. Isso só cabe a ela se defender”, acrescentou.

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O g1 também informa que Max trabalha como entregador informal há um ano e meio, desde que perdeu o emprego com carteira assinada. Durante suas entregas, ele chega a pedalar até 18 horas por dia.

O advogado do entregador, Joab Gama de Souza, afirmou que entrará com um pedido de indenização na Justiça contra Sandra, que, segundo ele, ela é uma pessoa sem lealdade e desconexa com a realidade. "Ela precisa ser punida com o rigor da lei. Nesse momento, ele não quer auferir vantagens, mas caberá indenização na Justiça. Com a publicidade do caso, cabe indenização por danos morais e psicológicos. Ele se sente muito triste e humilhado", declarou.

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O depoimento de Sandra foi adiado devido a um atestado médico que indicava que ela estava com "várias lesões".

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O caso é um exemplo da violência que os entregadores informais estão sujeitos diariamente no Brasil. Eles são expostos a riscos de acidentes, assaltos e agressões. A falta de regulamentação da profissão também os deixa sem proteção trabalhista e previdenciária.

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