Dia mundial contra racismo tem comemoração no Rio

Elementos da cultura afro-brasileira marcaram o dia mundial, com eventos no centro da capital fluminense nesta quarta-feira



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Agência Brasil – O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial está sendo comemorado hoje (21) com uma série de atividades no Palácio Gustavo Capanema, no centro da capital fluminense. Apresentações culturais de jongo, afoxé, roda de capoeira, além da degustação de comida afro e a lavagem da entrada do prédio do palácio com água de cheiro preparada por baianas, marcam o encerramento das comemorações no fim desta tarde.

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine), Paulo Roberto dos Santos, presente ao evento comemorativo destacou a implantação do sistema de cotas nas universidades públicas. Ele disse à Agência Brasil que o sistema de cotas é o mínimo que se pode fazer pela população excluída. "Há ainda sem dúvida uma discriminação. Hoje nós temos as cotas raciais, ainda incompreendida por muitos, mas é uma reparação mínima que faz àqueles que não tiveram oportunidade de ter um espaço melhor na sociedade".

De acordo com o presidente do Cedine, apesar da data representar tristeza em função da lembrança do massacre ocorrido em 1960, na África do Sul, quando manifestantes negros foram mortos ao defender seus direitos, significa também esperança. "Imagine até hoje a gente se reunir para que isso nunca mais aconteça. Por outro lado, esses que morreram são responsáveis por um mundo melhor. E o mundo de lá para cá, em virtude de não sentir mais essa vergonha mundial, tem de certa forma melhorado suas relações raciais", declarou.

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A presidente do Conselho Municipal de Defesa do Direito no Negro (Comdedine), Dulce Mendes de Vasconcelos, ressaltou que o acesso maior da população negra à educação é um importante caminho para se combater à discriminação racial. Ela defende inclusive uma grade curricular onde só possa ensinar a cultura africana e a luta contra a discriminação racial. "Na escola, quando a gente consegue colocar, a verdadeira história da África, da escravidão negra no Brasil, a luta, estamos realizando uma ação de combate ao racismo", disse.

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