'Crianças estão vendendo bala no farol para ocupar o tempo', diz candidato do Novo ao governo de São Paulo

Declaração de Vinicius Poit foi feita durante debate exibido pela TV Globo

Vinicius Poit
Vinicius Poit (Foto: Reprodução/TV Globo)


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247 - O candidato do Novo ao governo de São Paulo, Vinicius Poit, afirmou, durante debate exibido pela TV Globo nesta terça-feira (27), que as crianças paulistas estão indo vender “bala no farol para ocupar o tempo”. A declaração foi feita após ele ser questionado pelo candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Fernando Haddad, sobre os planos para fomentar o setor cultural no estado.

“A cultura tem que estar associada à educação e a escola de período integral. A cultura é um meio de ter referência para as crianças e não ficar, como escutei hoje da Fabiana, da Suzete, da Ana Paula, no Jardim Eliane, ‘puxa vida, meu filho não tem o que fazer. Tem que ocupar o tempo, ele vai vender bala no farol para ocupar o tempo’. Este é o estado de São Paulo. As crianças estão indo vender bala no farol para ocupar o tempo. Isso é efeito dum governo federal que vem arrastando uma prática de assistencialismo desde a época do PT”, disse Poit. 

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“A gente não pode admitir que no estado de São Paulo, cinco mil escolas, uma baita estrutura, as crianças não tenham escola pra ficar o dia inteiro, não tenham projeto de cultura para ficar o dia inteiro e precisem ficar vendendo bala . Vamos investir. Mas, novamente, cultura pra frente. Vamos ensinar tecnologia, programação, inovação para elas encararem a cultura até como um meio de trabalho. Sem ideologia, sem falar de um lado só, falando dos dois, falando de tudo, três, quatro, de quantos lados quiser, para a criança formar a sua própria opinião”, completou. 

Em resposta, Haddad disse ter “saudade de quando a cultura era pensada globalmente como uma área de expansão da economia, das oportunidades” e afirmar que é preciso ampliar os investimentos no setor.  

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“Tenho saudade do tempo em que nós tínhamos Gilberto Gil, no Ministério da Cultura, Marina Silva, no Meio Ambiente, eu tenho saudades do tempo em que eu tinha Juca Ferreira secretário municipal de cultura. Quando a cultura era pensada globalmente como uma área de expansão da economia, das oportunidades. Os pontos de cultura, os inúmeros editais que saiam. Veja o que acontece aqui no estado de São Paulo, o orçamento do estado destinado à cultura é de 0,3%, para um estado com mais de 45 milhões de habitantes. O dinheiro não chega nas periferias. O dinheiro não chega nas cidades do interior. Um jovem no interior talentoso que seja, não recebe nenhum tipo de fomento para organizar o seu grupo cultural na área da dança, do teatro, da música, do audiovisual. Nós temos que investir mais em cultura. A SPcine pode ser uma empresa estadual, a empresa que eu criei aqui em São Paulo. Nós temos um caminho enorme para a geração de emprego e renda com base na cultura”, disse o petista.

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