Colégio aplica metodologia diferenciada de ensino

Menores em conflito com a lei tm oficinas pedaggicas e praticam esportes visando a reintegrao na sociedade, no Colgio Estadual Padre Carlos Lencio da Silva, que pertence ao Instituto Padre Severino



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O Colégio Estadual Padre Carlos Leôncio da Silva, que pertence ao Instituto Padre Severino, desenvolveu uma metodologia de ensino diferenciada para atender os jovens em conflito com a lei que chegam à unidade. Como muitos adolescentes não sabem ler ou escrever, a diretora Adriana Lustoza resolveu incluir uma série de atividades no currículo dos alunos, que estudam em média duas horas por dia.

- No colégio eles fazem teatro, cuidam da horta, adquirem noções de empreendedorismo e praticam esportes. As aulas também são diferenciadas. Eles têm as mesmas disciplinas que os alunos de qualquer outra escola, mas aqui nós também trabalhamos através de oficinas pedagógicas – afirmou Adriana.

O professor de matemática Júlio Fidalgo conta que muitos alunos que chegam ao Padre Severino para cumprir internação não têm noções básicas da disciplina e que, por isso, as aulas precisam ser diferenciadas.

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- A gente tenta relacionar tudo com o dia a dia deles. Dessa forma, tento fazê-los gostar de Matemática, uma disciplina que, a princípio, não os agrada - disse.

Além disso, ele conta que os alunos recebem na própria sala de aula o material com o conteúdo que será trabalhado naquele dia.

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- Eles não contam com os mesmos materiais que são utilizados pelos alunos de outras escolas, porque ficam, no máximo, 45 dias internados. É por isso também que o conteúdo trabalhado tem que ser adaptado ao período em que ficam aqui – afirmou Júlio.

Segundo a professora Claudilene Nobrega, que dá aula para os alunos do Ensino Fundamental, as oficinas trabalham temas que são muito importantes para a reinserção do jovem na sociedade.

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- Uma dessas oficinas, por exemplo, tem o objetivo de fazer com que eles percebam o quanto a vida do outro é importante. Assim, eles também adquirem noções de cidadania – afirmou.

Apesar de os alunos não passarem por avaliações nas salas de aula, eles podem fazer o Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj). E a prova de que a metodologia da escola é eficiente é que muitos dos alunos do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) foram premiados com notebooks por terem se destacado no exame do ano passado.

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Para saber qual turma o menor que chega à unidade irá frequentar, no primeiro dia de aula ele passa por uma classificação, em que declara seu grau de escolaridade e faz uma prova. A partir do resultado dessa etapa, ele é encaminhado para uma das turmas da unidade, que oferece desde a alfabetização até a 3ª série do Ensino Médio.

-Quando saem daqui, eles ganham uma declaração que atesta que eles frequentaram as aulas durante o período de internação para que, depois disso, possam continuar seus estudos em uma escola regular – afirmou Adriana.

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