Caso Amarildo: menor diz que foi pago para mentir

Uma das principais testemunhas do caso Amarildo, um adolescente confessou ter recebido dinheiro do inspetor Halter Pitter, que atuou na Operação Paz Armada, para sustentar o fato de que o ajudante de pedreiro foi morto por um traficante; o menor disse, também, que, para manter esta versão, o major Édson Santos lhe ofereceu um imóvel fora da Rocinha 

Uma das principais testemunhas do caso Amarildo, um adolescente confessou ter recebido dinheiro do inspetor Halter Pitter, que atuou na Operação Paz Armada, para sustentar o fato de que o ajudante de pedreiro foi morto por um traficante; o menor disse, também, que, para manter esta versão, o major Édson Santos lhe ofereceu um imóvel fora da Rocinha 
Uma das principais testemunhas do caso Amarildo, um adolescente confessou ter recebido dinheiro do inspetor Halter Pitter, que atuou na Operação Paz Armada, para sustentar o fato de que o ajudante de pedreiro foi morto por um traficante; o menor disse, também, que, para manter esta versão, o major Édson Santos lhe ofereceu um imóvel fora da Rocinha  (Foto: Leonardo Lucena)


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Rio247 – Além de ter tido que foi pressionado pelo major Édson Santos, ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, um adolescente confessou que recebeu dinheiro do inspetor Halter Pitter, atuante na Operação Paz Armada, cujo desfecho foi o sumiço de Amarildo, para sustentar o fato de que o ajudante de pedreiro foi morto por um traficante. Uma das principais testemunhas do caso, o menor disse, também, na Divisão de Homicídios (DH), que, após sofrer ferimentos durante a operação, o major Édson Santos foi ao hospital com o objetivo de oferecer segurança e um imóvel fora da Rocinha para o adolescente acusar um traficante pelo sumiço de Amarildo.

Tanto o menor como outra testemunha, Wellington Lopes da Silva, aparecem em vídeo gravado no Hospital Miguel Couto pelo delegado Ruchester Marreiros, ex-adjunto da 15ª DP (Gávea), e pelo inspetor Halter Pitter, se recuperando de ferimentos, após a Operação Paz Armada, contra o tráfico de drogas na Rocinha. Segundo o jornal O Globo, na última quarta-feira (11), o menor afirmou Wellington também teria recebido um imóvel alugado pelos policiais em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade do Rio, para sustentar uma versão inverídica.

Em agosto passado, o menor acusou o traficante Thiago Silva Mendes Neris, o Catatau, pelo sumiço de Amarildo, ocorrido no dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares para a UPP da Rocinha. Tanto ele como a sua mãe estão sob proteção policial, enquanto Wellington não foi encontrado pela polícia.

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De qualquer maneira, os depoimentos do adolescente se contradizem. Numa das versões, no dia 7 de agosto, a testemunha afirmou que Amarildo tinha lhe ordenado a quebrar uma câmera da UPP usada pela polícia para monitorar a movimentação de traficantes na Rocinha. Como consequência deste depoimento, o delegado Ruchester concluiu que o ajudante de pedreiro integrava uma quadrilha de traficantes.

Porém, em seu último relato, o menor informou que não conhecia Amarildo nem a sua mulher, que também teve prisão pedida pelo delegado por suposto envolvimento com o tráfico. Sobre o inspetor que teria lhe oferecido dinheiro para acusar o traficante Catatau, a testemunha afirmou que foi flagrada furtando um celular na comunidade onde morava. Segundo o seu próprio relato, ele teria sido liberado na 15ª DP para, em troca, acusar o traficante pelo sumiço de Amarildo, cuja proposta teria sido feita quando o adolescente estava no Hospital Miguel Couto.

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O menor afirmou, ainda, que o inspetor lhe ofereceu um iPhone e um par de tênis para sustentar uma versão sem fundamento. Mas a promessa não foi cumprida. Os policiais envolvidos no caso foram procurados, mas a corporação informou que o inquérito tramita em segredo de Justiça.

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