Câmara vai recorrer de decisão que suspende CPI

Após a Justiça acatar um recurso de seis vereadores oposicionistas da Câmara Municipal do Rio suspendendo as investigações da CPI do Transporte, o Legislativo municipal informou, nesta terça-feira (17), que recorrerá da decisão judicial; segundo a Mesa Diretora da Casa, os critérios de representatividade entre governistas e oposicionistas foram respeitados

Após a Justiça acatar um recurso de seis vereadores oposicionistas da Câmara Municipal do Rio suspendendo as investigações da CPI do Transporte, o Legislativo municipal informou, nesta terça-feira (17), que recorrerá da decisão judicial; segundo a Mesa Diretora da Casa, os critérios de representatividade entre governistas e oposicionistas foram respeitados
Após a Justiça acatar um recurso de seis vereadores oposicionistas da Câmara Municipal do Rio suspendendo as investigações da CPI do Transporte, o Legislativo municipal informou, nesta terça-feira (17), que recorrerá da decisão judicial; segundo a Mesa Diretora da Casa, os critérios de representatividade entre governistas e oposicionistas foram respeitados (Foto: Leonardo Lucena)


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Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Câmara Municipal do Rio de Janeiro ainda não foi notificada sobre a decisão de do Tribunal de Justiça do estado de suspender os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus, que investiga os contratos das empresas de transporte público com a prefeitura carioca. A Câmara informou, por meio da assessoria de imprensa, que a intenção da presidência é entrar com um recurso assim que receber a notificação e analisar os termos da decisão tomada ontem (15) pelo desembargador Agostinho Vieira, da 13ª Câmara Cível do tribunal.

O desembargador concedeu o efeito suspensivo por entender que a composição da CPI é duvidosa porque não contempla a proporcionalidade entre as bancadas governista e da oposição. Uma audiência da comissão estava marcada para a manhã desta quinta-feira (19), mas, com a decisão, foi cancelada. De acordo com a assessoria de imprensa, a intervenção da Justiça em uma comissão investigativa da Câmara dos Vereadores é inédita.

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Proposta pelo oposicionista Eliomar Coelho (PSOL), a CPI dos Ônibus teve seu início marcado polêmicas em torno do nome para a presidência. No início de agosto, manifestantes ocuparam o plenário da Casa e pediam a anulação da comissão, em função da escolha do vereador Chiquinho Brazão (PMDB) para a presidência da CPI, pelo fato dele não assinado o requerimento de criação da comissão.

No fim do mês passado, a Justiça determinou a suspensão da CPI por 48 horas. O vereador Eliomar Coelho deixou a comissão como forma de protesto. Em seu lugar foi colocado o vereador Reimont (PT), que também desistiu de fazer parte da CPI. Um grupo de manifestantes, que é contra a atual formação da comissão, permanece acampado do lado de fora do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo municipal, na Cinelândia.

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Edição: Aécio Amado

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Rio247 – Após a Justiça acatar um recurso de seis vereadores de oposição da Câmara Municipal do Rio - quatro do Psol, um do PT e um do PSDB – suspendendo as investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte, o Legislativo municipal informou, nesta terça-feira (17), que recorrerá da decisão judicial. A Mesa Diretora da Casa sustenta a versão de que os critérios de representatividade entre governistas e oposicionistas foram respeitados. 

Os vereadores Eliomar Coelho, Paulo Pinheiro, Renato Silva e Jefferson Moura, do PSOL, Teresa Bergher (PDSB) e Reimont (PT), argumentaram que a composição da CPI não obedece aos critérios de proporcionalidade da Câmara. Segundo o desembargador Agostinho Vieira, é necessário esclarecer a composição da CPI, que, dos cinco membros, tinha apenas um integrante da oposição. Além disso, nenhum dos membros da atual composição assinou o requerimento para a criação da CPI, inclusive o seu presidente, vereador Chiquinho Brazão (PMDB).

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"Penso que existe fundada dúvida sobre a validade da composição da CPI. Por isso, a continuidade de seus trabalhos pode ensejar a prática contraproducente de atos inúteis e fomentar o descrédito popular em relação ao parlamento. Pelo raciocínio adotado para a composição atual, se o requerimento fosse de iniciativa de representante da maioria, não haveria qualquer integrante da minoria. Obviamente, foge à razoabilidade que esse posicionamento prevaleça", afirmou o desembargador em sua decisão. De acordo com o jornal O Globo, a Casa ainda não recebeu a notificação do Judiciário visando à suspensão da CPI.

Vale ressaltar que no dia 22 de agosto, a juízas a juíza da 5ª Vara de Fazenda Pública Roseli Nalin já tinha suspendido pela primeira vez o andamento das investigações na CPI. Porém, seis dias depois, a juristas liberou a execução dos trabalhos. "A proporcionalidade aplicada no âmbito eleitoral e parlamentar tem critério próprio e diferenciado. Se a sua aplicação em algumas situações não enseja em resultado satisfatório, isto se deve pela composição da Casa e não poderá ser revista pelo Judiciário", afirmou, na época.

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Diante da possibilidade de a Câmara recorrer da decisão judicial, o vereador Eliomar Coelho, que tinha se retirado da CPI pro não concordar com a sua composição, afirmou que, se a formação da comissão for revista, ele voltará a participar das investigações.

"O correto seria apenas dois membros do bloco do governo. E esperamos que essa composição se concretize. Essa CPI, do jeito que está, não fez nada até agora. O que ocorreu foi uma oportunidade de o Executivo fazer propaganda. Até agora, não sabemos pontos fundamentais como o fluxo financeiro, a cartelização", disparou o parlamentar.

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