Cabeleireiro em SP é investigado por áudio recheado de ataques: 'não contrato preto, gorda, petista e viado'
Diego Beserra Ernesto é dono de salão de beleza em Perdizes, na Zona Oeste da capital

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247 - O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil de São Paulo investigam por suspeita de racismo, homofobia e discurso de ódio um cabeleireiro e empresário da capital paulista acusado de ofender negros, pessoas obesas, gays, feministas e petistas em áudios que circulam nas redes sociais.
De acordo com o portal G1, pelo menos três vítimas, todas cabeleireiras, citadas na gravação registraram boletim de ocorrência. Duas delas foram ouvidas nesta terça-feira (7) pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
O Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) do MP também acompanha as investigações.
“Eu não contrato preto”, “gorda” e “viado”, diz Diego Beserra Ernesto, empresário e dono de um salão de cabeleireiros em Perdizes, bairro nobre da Zona Oeste da cidade. Ele é um homem branco.
Os áudios com ofensas racistas, gordofóbicas e homofóbicas feitas por Diego em 12 de janeiro deste ano foram gravados pelo proprietário do espaço e enviados por um aplicativo de celular para Jeferson Dornelas, um homem negro de 49 anos. Ele também é cabeleireiro e alugava uma das salas do estabelecimento de Diego para atender suas clientes.
Segundo Jeferson, a mensagem foi enviada por Diego em resposta a um comentário que ele havia feito sobre uma cabeleireira que havia desistido da vaga de auxiliar no salão. Ela é Ana Carolina Alves de Sousa, uma mulher negra de 31 anos.
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