Brasileiros são tão felizes quanto estrangeiros

O brasileiro deu nota 6,8 para sua vida, enquanto os noruegueses, que lideram o ranking de desenvolvimento humano, acham que seu dia-a-dia merece 7,6



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Os brasileiros estão tão felizes com a sua vida quanto populações muito mais ricas, como os alemães, belgas e islandeses. Em uma escala de 1 a 10, a população do país deu nota 6,8 para sua vida, enquanto os alemães acreditam que seu dia-a-dia merece 6,7, os belgas e islandeses, 6,9, e os noruegueses - país com maior IDH no mundo - 7,6.

Comparado aos 10 países com melhor IDH, o Brasil se mostra mais preocupado em geral com o aquecimento global (para 94,9%, o tema é grave, ante 43,7% da Noruega), reconhecem em maior grau que o aquecimento global é causado por ação humana (81,3%, contra 50,1% da Suécia), estão menos satisfeitos com as ações para preservar o meio ambiente (48,2% versus 66,1% dos Países Baixos), menos satisfeitos com a qualidade do ar (68,2%, inferior aos 93,1% da Austrália) e menos satisfeitos com a qualidade da água (83,1%, ante 89% da Nova Zelândia).

Apesar disso, o brasileiro apresenta baixa atividade em grupo ambientalista: apenas 7,2% da população participa de alguma iniciativa desse tipo, número inferior aos dos 10 mais países mais bem colocados no IDH, onde a porcentagem varia de 11,4% (Suécia) a 24,6% (Nova Zelândia).

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O Brasil subiu uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado hoje pelas Nações Unidas. O País ocupa agora a 84ª. posição, estando entre os países de Alto Desenvolvimento Humano, com um índice de 0,718. Na América Latina, o País aparece em 20º. lugar entre 40 nações.

Desde 1996, o Brasil cresceu quatro posições no ranking. Nesse avanço, passou de um País de médio para alto IDH. No entanto, a evolução do índice diminuiu na última década. Entre 1980 e 2011, o IDH brasileiro aumentou por ano 0,86. Nos últimos 10 anos, baixou para 0,69 ao ano. A queda da velocidade mostra, principalmente, que o País chegou em um estágio onde os avanços já são mais difíceis, mais demorados e requerem mais investimento para alcançar os mais pobres entre os pobres.

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Os dados do IDH 2011 mostram que a renda ainda é o principal ponto fraco brasileiro. Em um ranking que levasse em conta apenas o Produto Interno Bruto (PIB) per Capita, o País cairia sete posições. Desde 1980, a renda brasileira subiu 40%, chegando a US$ 10.162 PPP (paridade por poder de compra, uma medida internacional usada para permitir comparação entre as diferentes moedas). Ainda assim, é inferior a de países com situação semelhante no IDH, como a Turquia e a Rússia.

É a expectativa de vida, de 73,5 anos, o quesito em que o Brasil tem a melhor situação. A educação, medida pelos anos de escolaridade da população, também cresceu na última década, chegando a 7,2 anos. No entanto, é ainda muito inferior ao Chile (9,7 anos) e a Argentina (9,3 anos), únicos países da América do Sul considerados de Muito Alto IDH.

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Apesar de também ter reduzido consideravelmente a desigualdade social na última década, os índices brasileiros ainda são diretamente afetados pela disparidade entre a população mais rica e a mais pobre, especialmente a diferença de renda. O País cairia 13 posições no ranking se a desigualdade fosse levada em conta - apenas sete países cairiam mais. O IDH seria de apenas 0,519. Inferior ao índice brasileiro de 1980, que era de 0,549. O índice de renda ajustado pela desigualdade seria de apenas 0,392. Países mais pobres, mas menos desiguais, como Marrocos e Vietnã estariam em uma situação melhor que o Brasil.

 

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