Assassino de João Hélio não terá redução de pena

O habeas corpus, pleiteado pelos advogados do criminoso, foi negado pelo ministro Celso Mello, do STJ; Tiago de Abreu Mattos ter que cumprir 39 anos de priso em regime fechado; crime ocorreu h quatro anos, mascontinua chocando o Pas



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Rio247_ O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de habeas corpus de um dos envolvidos na morte do menino João Hélio, de seis anos de idade, depois de ser arrastado, preso ao cinto de segurança, por vários quilômetros, por diversas ruas da zona norte do Rio de Janeiro. Os advogados de Tiago de Abreu Mattos tentavam diminuir a pena de latrocínio – roubo seguido de morte – para roubo simples, com o argumento de que ele apenas levou os bandidos ao local do crime.

A 39ª Vara Criminal do Rio de Janeiro condenou Tiago de Abreu Mattos a 39 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, por ter levado os bandidos no táxi de seu pai até o local do assalto e dar cobertura à fuga. O habeas corpus já havia sido negado pelo Superior Tribunal de Justiça, que entendeu que não cabia ao tribunal reanalisar fatos e provas que levaram à condenação. Para Celso de Mello, o habeas corpus não é a forma correta de pedir a revisão de pena à Suprema Corte neste caso.

O crime chocou o País. Na noite do dia 7 de fevereiro os bandidos roubaram o Corsa dirigido por Rosa Cristina Fernandes, que voltava para casa com os filhos Aline, de 13 anos, e João Hélio. Quando ela parou no semáforo, na rua João Vicente em Oswaldo Cruz, Zona Norte da cidade, três homens armados a abordaram dando ordem para que eles saíssem do veículo.

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Ao lado da mãe, que estava ao volante, estava a filha Aline e, no banco traseiro, João Hélio e uma amiga da família . No momento do assalto, todos conseguiram abandonar o carro, menos o menino, que ficou preso ao cinto de segurança. Rosa tentou avisar os assaltantes que João Hélio, que já estava do lado de fora do carro, não havia conseguido se soltar do cinto de segurança. Um dos assaltantes bateu a porta e os bandidos arrancaram com o veículo em alta velocidade com o menino preso pelo lado de fora do veículo. João Hélio foi arrastado por sete quilômetros, passando pelos bairros de Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura.

Vendo a cena, motoristas sinalizaram com os faróis, enquanto moradores, aos gritos, tentavam avisar os bandidos que, segundo testemunhas, respondiam dizendo que "o que estava sendo arrastado não era uma criança, mas um boneco de Judas". Os criminosos abandonaram o carro com o corpo do menino pendurado do lado de fora, com o crânio esfacelado, na rua Caiari, uma via sem saída, no bairro de Cascadura, Zona Norte, e fugiram.

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O crime mobilizou policiais de três delegacias e do 9º Batalhão da PM, de Rocha Miranda, no subúrbio. O Disque-Denúncia ofereceu, de início, uma recompensa de 2 mil reais, que posteriormente subiu para 4 mil reais, por informações que identificassem os envolvidos. Dezoito horas após o assalto, e diante da forte repercussão na mídia, a Polícia Militar começou as prisões dos envolvidos, que confessaram o crime, segundo a polícia.

De acordo com as investigações, Diego Nascimento da Silva, de 18 anos, ocupou o banco do carona na fuga; Carlos Eduardo Toledo Lima, de 23 anos, foi o condutor do automóvel; e o menor de 16 anos, que foi o responsável por render a mãe de João Hélio e ocupar o banco de trás do veículo Corsa prata roubado de Rosa Cristina Fernandes.

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