Ala do PT questiona acordo com Boulos em São Paulo após voto do Psol contrário ao arcabouço fiscal

Partido votou contra a urgência do texto que visa estabilizar as contas públicas; Juliano Medeiros diz que o relator piorou a proposta da Fazenda

Juliano Medeiros
Juliano Medeiros (Foto: Brasil 247)


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247 – O governo Lula foi surpreendido e desagradado pela decisão do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de votar contra a urgência do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados. O presidente já havia instruído os parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) a não apresentarem emendas ao projeto e esperava que os partidos aliados seguissem o mesmo caminho, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo. De acordo com fontes do governo, Lula planeja abordar o assunto com o PSOL assim que retornar de sua viagem ao Japão.

De acordo com a colunista, a postura adotada pelo PSOL teria causado um desgaste nas relações entre o partido e o governo, além de criar um ruído que pode impactar o acordo firmado entre o PT e o PSOL em relação à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL-SP) à prefeitura de São Paulo em 2024. "Os dois partidos haviam acertado uma aliança na qual Boulos seria o candidato principal, enquanto o PT indicaria o vice. No entanto, há grupos dentro do PT que estão insatisfeitos e tentando minar o acordo", informa Mônica. A atitude do PSOL, segundo um membro do governo, fortalece as facções contrárias ao acordo e que defendem uma candidatura independente do PT na corrida municipal.

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Juliano Medeiros, presidente do PSOL, afirma que "a bancada do PSOL gostaria de ter mais tempo para discutir propostas relacionadas ao texto". Segundo ele, "as alterações feitas pelo relator, deputado federal Cláudio Cajado, do Partido Progressista (PP) da Bahia, pioraram a proposta da Fazenda, razão pela qual votamos contra a urgência".

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