A mulher da casa abandonada: quanto valeria a mansão de Margarida Bonetti?
Construída entre as décadas de 1920 e 1930, a casa de 20 cômodos possui um estilo eclético
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - A mulher da casa abandonada é Margarida Bonetti, a única habitante da residência do bairro de Higienópolis, em São Paulo. Com quatro episódios publicados até então, o podcast produzido pelo jornalista Chico Felitti é o mais escutado no Spotify desde seu lançamento em junho. A investigação, porém, contagiou os ouvintes, que passaram a pesquisar mais sobre a mulher do rosto pintado de branco que habita a casa, o crime cometido e, é claro, a casa. A reportagem é do portal Exame.
Na rua Piauí, próximo à praça Vilaboim, está um prédio icônico. O edifício Louveira, construído em 1946 pelo arquiteto Vilanova Artigas, é um dos pontos turísticos do bairro, devido à importância arquitetônica. O prédio foi tombado em 1992, porém, logo ao lado, a casa de número 1.111 se tornou o novo ponto de interesse do bairro.
Construída entre as décadas de 1920 e 1930, a casa de 20 cômodos possui um estilo eclético. "Há colunas coríntias, arquitrave e frontão, por exemplo, que são de momentos arquitetônicos diferentes. O ecletismo foi um movimento que aconteceu no final do século 20, então a casa não pertence à época do movimento, mas tem características deste estilo", comenta Octavio Pontedura, engenheiro civil e sócio da imobiliária Refúgios Urbanos.
A casa está localizada em uma das áreas mais nobres do bairro, onde passam poucos carros, tem aspecto residencial e proximidade a parques e shoppings.
Porém, ainda que seja uma das poucas casas remanescentes em um dos bairros mais valorizados da cidade, dois pontos são notáveis: a casa não foi vendida para nenhuma incorporadora e continua habitada, mesmo em uma situação de descuido.
Segundo o especialista em imóveis, o metro quadrado em Higienópolis custa entre R$ 12 mil e R$ 15 mil.
Mas, a casa pode ter perdido parte do valor, devido ao tombamento do entorno. "A casa ainda vale muito em relação ao mercado. Se fosse colocada à venda, poderia ser demolida [para a construção de um novo edifício] dentro das restrições". Para Pontedura, entretanto, é preciso entender mais sobre o valor do terreno do que a casa em si. "É raro morar em uma casa de rua em Higienópolis, pois não tem aderência de mercado. O lote vale mais que a casa", diz.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247