A economia no rumo certo em 2012

Num ambiente de desaceleração da economia mundial, a capitalização do BNDES, as medidas fiscais e monetárias e as desonerações tributárias compõem um conjunto estratégico de ações para garantir um crescimento de pelo menos 4,5% no ano que vem



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O encerramento do ano possibilita colocar em perspectiva o que se desenha para 2012 na economia nacional a partir de um olhar mais amplo sobre o que se passou. No cenário externo, seguem as incertezas quanto ao futuro da Europa, que não consegue superar as dificuldades e instabilidades que marcaram este 2011.

Em certa medida, os EUA conseguiram atravessar o ano sem naufragar tanto quanto as economias europeias, mas se mantiveram o tempo todo às voltas com níveis ínfimos de crescimento e alto desemprego. Esse quadro deve permanecer em 2012, o que coloca as chances de crescimento mundial nas mãos dos países em desenvolvimento.

Nesse sentido, cabe refletir sobre como o Brasil está se movimentando para responder positivamente às necessidades de manter e ampliar crescimento, investimentos, empregos e renda.

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O pilar central para atingir esses objetivos é a reversão da trajetória de juros, que se projeta abaixo dos dois dígitos ao final de 2012. Essa é uma medida imprescindível para reduzir o elevado serviço da dívida e abrir espaço a mais investimentos. Mas o esforço para estimular nossa capacidade produtiva vem acompanhado da simplificação de impostos, da desoneração de tributos, da valorização do conteúdo nacional e do estímulo ao setor produtivo e exportador —presentes no programa Brasil Maior.

São medidas complementares, que demonstram que as políticas econômicas caminham no rumo certo para fazer frente aos efeitos da crise econômica global, mantendo os investimentos e o crescimento econômico —justamente o que não conseguirão as principais economias. Não podemos esquecer também da capitalização do BNDES em mais R$ 25 bilhões, que serão usados para reforçar o caixa do banco e atender às demandas do setor produtivo.

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De fato, em um ambiente de desaceleração da economia mundial, a capitalização do BNDES, as medidas fiscais e monetárias e as desonerações tributárias compõem um conjunto estratégico de ações para garantir um crescimento de pelo menos 4,5% no ano que vem — possivelmente maior. Além disso, serão capazes de manter os níveis de geração de empregos e aumento da renda da população.

Com a inflação sob controle, 2012 deve ser encarado como um ano em que poderemos nos destacar novamente e no qual devemos pisar no acelerador. É fundamental seguir fortalecendo nosso mercado interno e nossas relações regionais e no eixo Sul-Sul. Para tanto, programas como o PAC, “Minha Casa, Minha Vida” e Plano Nacional de Banda Larga se somam às obras para a Copa-2014 e Olimpíadas-2016 como vetores de geração de empregos, melhoria da infraestrutura e atração de investimentos, puxando o crescimento.

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O próximo ano, portanto, se avizinha estratégico para darmos um salto de qualidade em nosso crescimento, agregando melhorias em Educação, tecnologia e inovação, sem deixar de olhar com atenção para o problema cambial que ainda nos incomoda. Nossos desafios seguem enormes em 2012, mas a certeza de que estamos no rumo certo nos abre um horizonte de confiança capaz de nos surpreender positivamente.

Desejo a todos os leitores um ótimo Natal e um 2012 de muitas realizações para nós e para o país!

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José Dirceu, 65, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT

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