"Usava nomes masculinos", diz menina gamer que sofria preconceitos no mundo LoL por ser mulher

Sâmia Gonçalves, estudante de medicina, é líder da equipe Black Shinobi de LoL e conta os preconceitos que já sofreu por ser mulher em um ambiente majoritariamente masculino. "É muito chato esse tratamento diferenciado. No começo, eu sentia. Jogava com alguém e digitavam no chat, ‘lugar de mulher é lavando louça’"

Equipe Black Jack
Equipe Black Jack (Foto: Reprodução/TV Clube)


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247 - Sâmia Gonçalves é líder da equipe Black Shinobi, que disputa partidas do jogo de video-game League of Legends (LoL). Por ser mulher em um ambiente majoritariamente masculino, a gamer conta os preconceitos que já sofreu. 

A também estudante de medicina afirma que no início usava nomes masculinos para se identificar nas partidas porque não queria ter um tratamento desigual por ser mulher.

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"Todo o jogo eu colocava um nick masculino, para não perceber que sou mulher. É muito chato esse tratamento diferenciado. No começo, eu sentia. Jogava com alguém e digitavam no chat, ‘lugar de mulher é lavando louça’. Isso foi no início. Nesses tempos para cá, a maioria das minhas amizades são masculinas, e eles sempre apoiam e não me tratam diferente. Agora uso nick masculino porque eu quero, mas antigamente era muito isso (discriminação por ser mulher)".

Ela disse também que a posição de suporte, a qual ela ocupa dentro da equipe, era motivo de mais discriminação porque alegavam ser a função mais fácil de se exercer. "No início, eu não jogava como suporte. Mas generalizaram o termo, que essa função era para meninas porque não tinham capacidade para jogar outra posição. E eu jogo de tudo (risos). Hoje sou suporte, não se pode debochar. A questão é que isso é meio que um preconceito já formado na comunidade do LoL, de que menina é obrigatoriamente joga de suporte. Existia muito o preconceito, mas agora diminuiu".

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Sâmia afirmou que todos os episódios de preconceito foram para ela como um incentivo para continuar jogando e se destacando. "Não me fizeram desistir não. Me fizeram seguir. Sempre existirão pessoas que são machistas, mas do mesmo jeito há muitas ouras que querem jogar com você, pessoas que acreditam no potencial. Então, essas negatividades se tornam inexistentes. Hoje, nunca mais, fui tratada assim. Com o game, conheci pessoas incríveis".

A Black Shinobi, equipe de Sâmia, disputará a Brazilian eSports League, uma das maiores competições de LoL do país.

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