Sem acordo, rodoviários mantém greve em São Luís

Empresários alegam não ter condições de arcar com reajuste salarial, dirigente do Sindicato das Empresas de Passageiros (SET), afirma que o sistema de transporte coletivo de São Luís está falido e cobra ações da Prefeitura Municipal; enquanto Município não arcar com manutenção do sistema; o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Canindé Barros diz que a gestão Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – ao centro na foto - só pode oferecer a extinção da tarifa social, a retirada de circulação dos táxis-lotação e combate às fraudes no setor  

Empresários alegam não ter condições de arcar com reajuste salarial, dirigente do Sindicato das Empresas de Passageiros (SET), afirma que o sistema de transporte coletivo de São Luís está falido e cobra ações da Prefeitura Municipal; enquanto Município não arcar com manutenção do sistema; o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Canindé Barros diz que a gestão Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – ao centro na foto - só pode oferecer a extinção da tarifa social, a retirada de circulação dos táxis-lotação e combate às fraudes no setor
 
Empresários alegam não ter condições de arcar com reajuste salarial, dirigente do Sindicato das Empresas de Passageiros (SET), afirma que o sistema de transporte coletivo de São Luís está falido e cobra ações da Prefeitura Municipal; enquanto Município não arcar com manutenção do sistema; o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Canindé Barros diz que a gestão Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – ao centro na foto - só pode oferecer a extinção da tarifa social, a retirada de circulação dos táxis-lotação e combate às fraudes no setor   (Foto: Itevaldo Junior)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Maranhão 247 - Enquanto a população de São Luís sofre com os transtornos causados pela greve dos rodoviários, o Sindicato das Empresas de Passageiros de São Luís (SET), o governo Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema) estão longe de um acordo que ponha fim ao impasse. O SET alegou não ter condições de arcar com novos reajustes salariais enquanto a Prefeitura de São Luís não criar condições de manutenção do sistema. Sem receber contraproposta de aumento salarial, os rodoviários confirmaram a continuidade da greve.
O dirigente do SET José Luiz Medeiros afirmou que o sistema de transporte coletivo de São Luís está falido. O problema é causado porque São Luís, que só teve dois reajustes nas tarifas desde 2004 - a última delas em 2010 -, tem a menor passagem média de ônibus do país e um alto índice de fraudes e gratuidades. Além disso, a expansão da frota dos chamados táxis-lotação ajuda a aumentar os prejuízos do setor, que são de quase R$ 9 milhões mensais, desde 2009.
Segundo Medeiros essas condições impossibilitaram o sindicato patronal de apresentar qualquer proposta de reajuste aos rodoviários nas três reuniões mediadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) que já foram realizadas.
"É lamentável ir para uma negociação sem condições de oferecer nada e desgastante para as duas partes. Por isso não foi possível esse entendimento. Nós não temos condições de oferecer nada", disse o dirigente do SET.
José Luiz Medeiros afirma que é necessário que o governo municipal adote várias medidas para amenizar os prejuízos do setor. "De imediato, a Prefeitura tem de incrementar às empresas de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões. Isso pode ser feito de várias formas, não apenas com repasses em dinheiro, mas como isenção de impostos, até esse déficit ser equilibrado gradualmente".
Segundo Medeiros, em fevereiro deste ano, o SET enviou ao Município e outros órgãos, como a Promotoria do Consumidor e o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJ), um documento onde informava a situação do sistema e alertava para um colapso, mas nenhuma resposta foi dada.
"Nas reuniões no Ministério Público do Trabalho, a Prefeitura propôs apenas medidas de médio e longo prazo. Só que nós precisamos de ações imediatas. É necessário que a Prefeitura sinalize com medidas que garantam uma diminuição desse prejuízo. Não vai adiantar, por exemplo, fazer uma licitação com empresas de fora, porque em pouco tempo eles terão os mesmos problemas", acrescentou.
Canindé Barros, secretário municipal de Trânsito e Transportes, afirmou que a gestão Edivaldo Holanda Júnior não tem propostas a apresentar se não aquelas já feitas nas reuniões mediadas pelo MPT, que são a extinção da tarifa social (conhecida popularmente como domingueira), combate às fraudes no setor e a retirada de circulação dos táxis-lotação.
"A extinção da domingueira representaria uma receita de R$ 930 mil mensais ao setor. A retirada das ruas dos táxis-lotação injetaria mais R$ 500 mil e o combate à fraude, R$ 700 mil", afirmou.
Ainda segundo ele, a Prefeitura de São Luís está enfrentando dificuldades financeiras, por isso, o repasse mensal de R$ 2 milhões aos empresários foi suspenso. "Os empresários querem medidas que resolvam o problema amanhã, mas não é assim que as coisas funcionam. Com relação ao fim da domingueira, estamos apenas esperando um posicionamento deles para que façamos isso. Eles ainda não aceitaram nossa proposta. Já o combate às fraudes e aos táxis-lotação é nossa obrigação. Por isso, estamos montando uma estrutura e já na próxima semana iniciaremos operações para resolver essa questão. Enquanto isso, o empresariado precisa arcar com o sistema até a receita oriunda do fim dessas irregularidades começarem a entrar", disse o secretário de Trânsito e Transportes.

 

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247