Rui Costa Pimenta: crise da PM do Ceará é produto da crise econômica neoliberal de Guedes e Bolsonaro

Presidente do PCO afirma que o aspecto principal da greve da Polícia Militar no Ceará é a crise econômica generalizada de vários Estados e que a caracterização do movimento - se é miliciano ou não - é algo secundário. “É um movimento de reivindicação salarial”, disse. Assista na TV 247

Rui Costa Pimenta
Rui Costa Pimenta (Foto: Brasil 247 | ABr | Divulgação)


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247 - O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, em análise na TV 247, falou da greve da Polícia Militar do Ceará, que baleou o senador Cid Gomes (PDT-CE) durante um protesto, e da crise econômica dos Estados do país refletidas pelo colapso das polícias. Rui também comentou os protestos contra o governo de Jair Bolsonaro durante o Carnaval.

Para Rui, a política neoliberal aplicada no Brasil quebrou os Estados e esse é o aspecto principal da greve da PM no Ceará. “Isso é uma crise política muito grande e ela expressa - e nisso acho que muita gente não prestou atenção - a crise generalizada dos Estados. Existe uma falência generalizada dos Estados, produto da política levada adiante desde a época do [Michel] Temer e resultado também da crise econômica. Isso leva a uma situação de conflito entre o conjunto dos funcionários públicos e o Estado”.

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Ele discordou da ideia de que o movimento grevista dos policiais militares do Ceará fosse fruto de um motim de milícia. Para Rui, o movimento surgiu pela insatisfação econômica com o Estado, prejudicado pela política econômica neoliberal de Paulo Guedes e Bolsonaro. “Antes de qualquer coisa é preciso considerar a crise nacional que isso envolve, é uma crise da política do Paulo Guedes. Eu não concordo com a ideia de que esse movimento da PM é um mero movimento de milícia, nós temos no Brasil cerca de 300 mil PMs, e esses 300 mil estão em pé de guerra com os governos estaduais, não é o caso de um ou outro, é uma coisa generalizada, é uma crise do Estado, uma crise muito grande. A imprensa capitalista registrou o fato, mostrou o perigo disso, quer dizer, de desestabilização política geral, de tal forma que, por de trás do episódio de Sobral, o que se esconde é uma crise política de grandes proporções. Acho que é equivocado reduzir esse problema a um problema de milícias”.

Carnaval

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Sobre o Carnaval, celebrado neste ano entre os dias 22 (sábado) e 25 (terça-feira), Rui ressaltou que a palavra de ordem “Fora Bolsonaro” esteve mais presente em relação a 2019, quando protestos contra o governo se limitavam a queixas e xingamentos. 

“O Carnaval não é uma mera folia sem maiores consequências. Acho que esse espetáculo de milhões de pessoas saindo às ruas e falando um monte de coisa, criticando de tudo quanto é lado - porque o Carnaval é extremamente politizado - isso desagrada profundamente a burguesia, eles têm medo. O Carnaval, muito mais que no Carnaval passado, é um grande ato público, uma gigantesca manifestação contra o governo Bolsonaro e em todos os lugares aparece abertamente a palavra de ordem ‘Fora Bolsonaro’, no ano passado predominava mais o ‘Bolsonaro, vai tomar naquele lugar’, esse ano aqui o pessoal já não está xingando, está falando ‘tem que botar o homem para fora’”.

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