PSDB veta candidatura de Castelo ao Senado
Após a reunião, o presidente do PSDB, Carlos Brandão disse acreditar que o ex-prefeito João Castelo não levaria mais essa discussão sobre a sua candidatura ao Senado para a convenção estadual; no entanto, Castelo garantiu que utilizaria até o último recurso dentro do partido para garantir sua candidatura; segundo ele, o lugar de definição de candidaturas é a convenção partidária no dia 22
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Maranhão 247 - A executiva estadual do PSDB vetou ontem a candidatura ao Senado do ex-prefeito de São Luís João Castelo, confirmando a adesão da legenda ao projeto do candidato do PCdoB ao governo, Flávio Dino. Os líderes tucanos não levaram em conta nem o fato de que o ex-prefeito de São Luís liderava todas as pesquisas de intenção de votos no Maranhão, optando pelo apoio ao candidato do PSB, Roberto Rocha. Pesou na decisão do PSDB o interesse do seu presidente, deputado federal Carlos Brandão, que quer ser vice do PCdoB.
Dos sete membros da executiva estadual, cinco votaram contra a candidatura de João Castelo. Ele ainda deverá tentar reverter a situação na convenção da legenda, dia 27, em Imperatriz.
O presidente Carlos Brandão, o vice-presidente, deputado Pinto Itamaraty, e também os membros Brandão Júnior, o deputado estadual Neto Evangelista e o deputado federal Hélio Santos disseram “não” às pretensões do ex-prefeito.
O prefeito de São Bento, Carlos Alberto Lopes, o Carrinho, preferiu se abster de votar, devido ao seu posicionamento de apoiar a candidatura do senador Lobão Filho, ao governo, e a do deputado federal Gastão Vieira para senador. Somente a deputada Gardênia Castelo, filha do ex-prefeito, votou favorável.
Para os tucanos que vetaram Castelo, pesou o extinto de sobrevivência do partido. Eles alegaram que, com a candidatura de Aécio Neves à presidência, o partido ficou isolado no Maranhão e com poucas possibilidades de fazer alianças – mesmo com o comunista Flávio Dino já tendo aderido ao comunista.
O fator principal, no entanto, foi o interesse de Brandão na vice de Flávio Dino, uma forma de evitar ter que disputar uma improvável reeleição à Câmara – sobretudo com a candidatura do padrinho José Reinaldo Tavares (PSB) à mesma vaga.
Para que a aliança PSDB/PCdoB se consolidasse, Flávio Dino – que até março ocupava cargo de confiança da presidente Dilma Rousseff – teve que aparecer ao lado do senador Aécio Neves e declarar apoio à candidatura a presidente do tucano.
Foram necessárias reuniões com Aécio Neves em Brasília e duas da executiva estadual do PSDB para que fosse definido o futuro de Castelo. Em Brasília, Aécio deixou nas mãos da direção estadual essa definição com o ex-prefeito lembrando a Brandão, segundo o próprio deputado, que uma eventual candidatura de Castelo ao Senado não poderia atrapalhar o acordo firmado pelo senador com Flávio Dino.
Na estadual, Castelo tentou impor seus anos como liderança do PSDB para tentar viabilizar sua candidatura. “Eleição se ganha com voto e não com veto”, disse por diversas oportunidades o ex-prefeito de São Luís.
No entanto, na segunda reunião da executiva estadual, os membros argumentaram que Castelo perdeu o tempo para se viabilizar como candidato ao Senado e que acordos já haviam sido firmados pelo partido para a composição na chapa encabeçado por Flávio Dino. Com isso, a votação foi feita e Castelo acabou sendo vetado. para ele, resta a opção à Câmara Federal.
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