Prefeitura de Fortaleza aciona Justiça para barrar a venda de refinaria pela Petrobrás

O Executivo da capital cearense e a Petrobrás negociam, ainda sem sucesso, um terreno, que tem 30% de área pública, para o funcionamento da refinaria Lubnor

Refinaria Lubnor
Refinaria Lubnor (Foto: Juarez Cavalcanti / Banco de Imagens Petrobras)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - A Prefeitura de Fortaleza, comandada por José Sarto (PDT), vai acionar a Justiça para que a privatização da refinaria Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste) seja anulada. A venda do empreendimento está em processo de conclusão. A refinaria funciona em um terreno com 30% de área é pública. A negociação com a estatal sobre terreno não avançou, destacou o chefe do Executivo municipal. O uso foi cedido na década de 1970 pelo Executivo municipal. A Lubnor foi vendida à Grepar Participações por US$ 34 milhões (R$ 164,4 milhões) na semana passada. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) precisa aprovar a transação.

De acordo com a coluna Painel, publicada nesta terça-feira (31), Sarto disse que a Petrobrás falhou ao não avisar a prefeitura que estava concluindo a venda. "Ficamos surpresos com o anúncio e com o valor. A Procuradoria do Município já está oficiando a Petrobras e a Lubnor para pegar todas as informações para judicializar a questão", afirmou Sarto.

continua após o anúncio

O prefeito disse que, se o Executivo municipal não barrar o negócio, a ideia é buscar uma indenização pela área, com valor muito superior ao oferecido pela Petrobrás.

"Tivemos quatro encontros com eles [Petrobras]. A gente ouviu uma proposta deles de R$ 9 milhões. Trata-se de uma área de 60 mil metros quadrados na orla de Fortaleza. É muito pouco. A gente está estudando o valor de mercado, que certamente é oito ou nove vezes maior do que isso", completa o pedetista.

continua após o anúncio

Se a Petrobrás pagar um valor superior a R$ 80 milhões, a estatal comprometeria quase metade do que receberá da Grepar pela venda da Lubnor.

O prefeito disse que grupos consorciados apresentaram propostas de operações urbanas na área relacionadas a um projeto de renovação da orla da cidade. É um plano do Executivo municipal caso a venda não seja anulada na Justiça, e a Petrobrás ou a Grepar não fazerem propostas consideradas vantajosas pela prefeitura.

continua após o anúncio

"Há uma discussão do plano diretor da cidade. Desde 2012 há um projeto chamado Fortaleza 2040 que prevê outras coisas para aquela área. Aquela é uma área estratégica. Estamos com um projeto de revitalização de toda nossa orla, e a área que vinha sendo excluída desse projeto era essa de tancagem por causa do contrato com a Petrobras", afirma Sarto.

Outro lado

Em nota nesta segunda-feira (30), a Petrobrás afirmou que "está conversando com a Prefeitura de Fortaleza a respeito da venda da Lubnor e necessidade de regularização do terreno há mais de um ano" e que espera "concluir em breve as negociações". A estatal disse que a Grepar tem informações sobre o andamento do assunto.

continua após o anúncio

"Importante destacar que o marco anunciado na última semana foi a assinatura do contrato de compra e venda (signing), o qual não implica de imediato a mudança na propriedade do ativo. Nos próximos meses serão obtidas as autorizações e licenças para conclusão efetiva do negócio, para posterior transmissão da propriedade ao grupo comprador", complementou.

Em nota, a Grecor afirmou que durante as negociações com a Petrobrás foi informada da situação fundiária da Lubnor.

continua após o anúncio

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247