PM mata jovem negro e mãe pede ajuda de entidades para buscar justiça
A empregada doméstica e cozinheira Valéria Maria Pires da Silva denuncia que seu filho foi assassinado pela PM e procura ajuda de entidades em defesa dos direitos humanos para apontar as arbitrariedades cometida pelos agentes de segurança

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247 - Emerson Abílio da Silva, de 21 anos, infelizmente é mais uma vítima da estatisticas, fruto do genocídio contra a população negra e periférica brasieira. O jovem estava na rua Bela Vista, em Dois Unidos (PE), na última quarta-feira (7) quando foi abordado por policiais e, na sequência, assassinado.
Segundo reportagem do portal Correio Braziliense, o que aconteceu entre o momento da abordagem e o primeiro disparo, entre 22h40min e 23h da quarta-feira, não está claro para Valéria Maria Pires da Silva empregada doméstica e mãe de Emerson, mas o que, após ser baleado numa das pernas, Emerson conseguiu correr e, cambaleando, jogou-se do alto de uma barreira. Pouco depois, às 23h39min, chegou morto à UPA de Nova Descoberta, levado pelos próprios policiais que o abordaram. No boletim de ocorrência registrado pelos PMs, consta apenas o nome de uma testemunha: Hugo Briano de Santana, também policial militar, que estaria de plantão na UPA.
De uma amiga do filho, Valéria escutou um relato intrigante. "Ele telefonou para ela pedindo ajuda, disse que estava caído, se escondendo da polícia, na parte de baixo da barreira. Esse telefonema foi depois de 1h de quinta-feira. Como ele pode ter dado entrada na UPA antes disso?".
Valeria agora pede ajudas a entidades que atuam em defesa dos direitos humanos para buscar justiça. Agora, ela está procurando apoio jurídico para que uma perícia seja realizada tanto no celular do filho morto quanto no da moça que diz ter recebido uma ligação de Emerson duas horas depois do registro de sua entrada na UPA. "As câmaras de segurança da UPA devem estar funcionando e devem ter filmado quando os policiais chegaram trazendo ele", alerta a mãe. A família também pretende realizar um protesto em Boa Viagem, próximo à casa dos patrões de Valéria.
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