PF: cunhado de Roseana Sarney vazou operação Sermão aos Peixes

A Polícia Federal suspeita que o cunhado da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e ex-secretário de Saúde do estado, Ricardo Murad, vazou a Operação Sermão dos Peixes, que investiga desvio de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao SUS-MA; nesta segunda e terceira fase da operação, a PF identificou três presos que teriam desviado cerca de R$ 36 milhões; segundo as investigações, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013; um dos alvos foi o cunha de Roseana

A Polícia Federal suspeita que o cunhado da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e ex-secretário de Saúde do estado, Ricardo Murad, vazou a Operação Sermão dos Peixes, que investiga desvio de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao SUS-MA; nesta segunda e terceira fase da operação, a PF identificou três presos que teriam desviado cerca de R$ 36 milhões; segundo as investigações, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013; um dos alvos foi o cunha de Roseana
A Polícia Federal suspeita que o cunhado da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e ex-secretário de Saúde do estado, Ricardo Murad, vazou a Operação Sermão dos Peixes, que investiga desvio de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao SUS-MA; nesta segunda e terceira fase da operação, a PF identificou três presos que teriam desviado cerca de R$ 36 milhões; segundo as investigações, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013; um dos alvos foi o cunha de Roseana (Foto: Leonardo Lucena)


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Maranhão 247 - A Polícia Federal suspeita que o cunhado da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e ex-secretário de Saúde do estado, Ricardo Murad, vazou a Operação Sermão dos Peixes, que investiga desvio de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS-MA). Nesta segunda e terceira fase da operação, a PF identificou três presos que teriam desviado cerca de R$ 36 milhões. Segundo as investigações, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013. Um dos alvos foi o cunha de Roseana.

Relatório da Federal, de 11 de agosto deste ano, aponta que Murad, o "Trator" ou "Tratorzão", divulgou detalhes da operação meses antes de sua deflagração. "Os principais investigados souberam antecipadamente da deflagração daquela operação e agiram para influenciar depoimentos, destruir e/ou ocultar provas, condutas que embaraçaram a investigação criminal sobre a organização criminosa especializada em desviar recursos públicos federais destinados ao sistema de saúde do Estado do Maranhão", diz um trecho do documento.

De acordo com as investigações, as empresas terceirizadas eram encarregadas de gerenciar o dinheiro da Saúde no Estado e os recursos que deveriam ser destinadas a hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA´s) eram transferidas diretamente para as contas dos donos dessas empresas. Um dos hospitais mais prejudicados foi o Hospital do Câncer do Maranhão.

Em novembro do ano passado, a Sermão dos Peixes levou para depor obrigatoriamente Ricardo Murad. "No dia 11 de agosto de 2015, período em que a Operação Sermão aos Peixes caminhava para sua fase final, Ricardo Jorge Murad publicou numa rede social detalhes da investigação criminal que estava em andamento, narrando inclusive pessoas e empresas que seriam alvos de medidas judiciais", diz o texto. "A publicação realizada por Ricardo Murad, que trazia, inclusive, os nomes das empresas que seriam alvos da investigação criminal em curso, deixa claro que esse investigado teve acesso privilegiado a informações que deveriam estar protegidas pelo sigilo legal".

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O relatório da PF indica que alguns investigados "que tomaram ciência da operação policial" tomaram medidas "dentro dos limites legais e direitos dos investigados", tais como: disponibilização dos sigilos pessoais (bancário e fiscal), informação pública de que se encontravam à disposição das autoridades envolvidas na investigação, contratação de advogados para requerer informações junto aos órgãos responsáveis pela persecução criminal.

O advogado Marcos Coutinho Lobo, responsável pela defesa de Ricardo Murad, negou que seu cliente tenha vazado a operação. "O que Ricardo fez foi publicar no Facebook um boato de que haveria algo contra ele. Não vazou nada. Até porque não tem fontes para isso", disse o advogado. Seu relato foi publicado no Estadão.

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Segundo Lobo, Murad nem sequer foi objeto de denúncia por parte da Polícia Federal. "A operação foi concluída em dezembro e o Ministério Público não viu motivos para oferecer denúncia. Qual interesse ele teria em vazar algo?", questionou.

Investigações

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A PF identificou três presos. Um deles, Benedito Silva Carvalho, representante de uma das empresas investigadas, desviou R$ 110 mil do Hospital do Câncer. As transferências eram feitas gradualmente, com valores pequenos para não chamar a atenção.

Os envolvidos irão responder por peculato e lavagem de dinheiro. Eles também serão indiciados por destruir provas, já que em uma fase anterior da operação várias informações foram apagadas dos computadores das empresas. A PF suspeita de vazamento de informações.

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Na segunda fase das investigações, denominada de Operação Abscôndito, foi identificado que o grupo criminoso agiu para destruir e ocultar provas, incluindo a venda suspeita de uma aeronave objeto de decisão judicial.

A outra fase da operação, batizada de Voadores, apurou o desvio de cerca de R$ 36 milhões através do desconto de cheques e posterior depósito nas contas de pessoas físicas e jurídicas vinculadas aos envolvidos, incluindo o saque de contas de hospitais.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa, de peculato e de lavagem de capitais.

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Na Operação Sermão aos Peixe, realizada em novembro de 2015, a PF conseguiu prender oito dos 13 suspeitos pelos desvios de dinheiro público no Maranhão, realizada em cidades do Estado do Maranhão, Pernambuco, Tocantins e Goiás. Segundo as investigações, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013. O nome da operação foi alusivo ao sermão do Padre Antônio Vieira que, em 1.654, falou sobre como a terra estava corrupta, censurando seus colonos com severidade.

Entre os mandados de condução coercitiva, esteve o do ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad. Segundo a PF, o ex-secretário teria se utilizado do modelo de terceirização da gestão da saúde pública estadual, para fugir dos controles da Lei de Licitação, empregando profissionais sem concurso público e contratando empresas sem licitação. Ele negou irregularidades.

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