Pescadoras, marisqueiras e quilombolas denunciam devastação da Bahia Terminais no Dia Mundial da Água
Cerca de 100 pessoas, quase todas mulheres e adolescentes, participaram de uma ação no Dia Mundial da Água, celebrado nesta segunda-feira na Baía do Aratu, em Salvador, em defesa do mangue e do meio ambiente da região, sob ataque da empresa Bahia Terminais

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247 - Pescadoras e pescadores artesanais, marisqueiras e quilombolas da Ilha de Maré, que fica em Salvador, e moradores de comunidades do entorno fizeram um ato em defesa do Rio Aratu, na manhã desta segunda-feira (22), Dia Mundial da Água. O objetivo do ato foi denunciar o desmatamento de grande extensão de manguezais na região. Uma das líderes da mobilização, Eliete Paraguassu, participou do Giro das 11 da TV 247 diretamente da manifestação, de uma das mais de uma dezena de barcas que foram mobilizadas para a manifestação. Veja a participação de Eliete e as cenas do protesto ao final.
A manifestação foi um protesto contra a empresa Bahia Terminais, que está destruindo o ambiente da região. "O ato foi em defesa das águas, em defesa dos manguezais. A Bahia Terminais tirou mais de sete hectares de mangue na região. É uma região quilombola, uma região de pesca, a Baía de Aratu é uma das regiões mais importante para os pescadores e para a Baía de Todos-os-Santos", disse Eliete.
O ato começou por volta das 9h e contou com a presença de cerca de 100 pessoas em diversas canoas. Funcionários da Bahia Terminais foram ao local e ameaçaram alguns dos manifestantes.
"É uma região que tem uma contaminação por metais pesados a partir da chegada do desenvolvimento, a partir da chegada do porto e do seu complexo e a única área que a gente tinha de mangue e uma floresta foi devastada por essa empresa", contou Eliete.
A Bahia Terminais foi proibida pela Justiça de continuar a desmatar na região e a ações de dragagem, por causa de irregularidades na licença ambiental, mas segue descumprindo a decisão. Além disso, a empresa tem efetuado corte ilegal de manguezais centenários e aterrado áreas de manguezais e coroas, locais onde os pescadores e quilombolas tiram o sustentam da família e abastecem a sociedade com mariscos e pescados.
Assista à entrevista com Eliete Paraguaçu durante a manifestação:
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