Paulo Moura: “Lula é maior do que o próprio partido que representa”

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Propagando - O Blog Propagando entrevistou com exclusividade o estrategista político internacional premiado Paulo Moura, da Exata Inteligência. 

Na entrevista, o pernambucano fala sobre a situação política brasileira atual, os pontos fortes e fracos das próximas eleições, quais as melhores estratégias para se ter uma campanha vitoriosa, entre outros assuntos que nem os eleitores e, muito menos os pré-candidatos podem perder. 

Sobre as eleições gerais:

“Haverá uma grande renovação dos quadros atuais, mas será a eleição com maior índice de abstinência, de votos nulos e com a maior dificuldade de renovação dos próprios quadros, seja proporcional, seja majoritário.”

Sobre as eleições presidenciais: 

“Nós teremos mais do mesmo, possivelmente uma briga entre o PT e o PSDB”. 

Sobre as eleições no Maranhão:

As eleições este ano será mais profissionalizada, com menos espaços para amadores.”

Sobre a política hoje

“Há muita incerteza, muita indefinição, nós estamos a pouco tempo das eleições, mas ainda tem várias variáveis que ainda não estão postas, quando a gente fala de prognósticos eleitorais.”

Sobre as pesquisas

“Falar e intenções de votos de uma eleição que ainda nem começou, as pesquisa quantitativas são incipientes do ponto de vista de resultados. A exemplo do que aconteceu aqui em São Luís nas eleições passadas, você teve um determinado candidato (se referiu a Eduardo Braide), que se quer pontuava ou pontuava de forma incipiente, que depois chegou ao segundo turno e quase vence as eleições. Porque a metodologia usada foi equivocada.”

Sobre Fake News

“Fake News não é nada novo, isso já existe desde a história antiga. O importante é que a assessoria do candidato tenha instrumentos e a capacidade técnica de rebater isso. Porque isso vai surgir a cada momento e, no momento que a campanha do candidato começa a crescer, ela começa a despertar a animosidade dos adversários. É muito importante você tenha estratégia e combater isso.”

Sobre a judicialização da política

“É uma questão inegociável, algo que vai acontecer de todas as formas. Essas próximas campanhas terá um elemento judicial muito presente, daí você  ter a  necessidade do seu candidato ter uma assessoria jurídica muito competente, para que ela possa atuar de forma incisiva e definida, nos momentos necessários.”

Sobre Bolsonaro

“Ele como deputado federal representa uma extrema direita, que do ponto de vista eleitoral representa 10% de todo eleitorado brasileiro. […] Ora, 10% de todo eleitorado brasileiro, ele fecha qualquer aeroporto, fecha qualquer cidade, porque é um quantitativo muito grande. Mas isso não quer dizer que ele tem condição. musculatura, domínio, pra chegar num segundo turno. Ele já chegou no teto de crescimento, daqui agora, ele vai começar a sofrer um arrefecimento.”

Sobre Lula

“O fenômeno Lula sobrepassa todos os escândalos, ele é maior do que o próprio partido que representa.”  

Sobre Temer

“O que a gente observa é uma dificuldade de diálogo, a comunicação dele é uma comunicação com muitas limitações. Seja ela no cargo com o eleitor, com o povo; seja ele, com os demais atores políticos, o que torna difícil as outras conquistas.”  

Sobre vencer as eleições

“Vencerá as eleições o candidato que menos errar. Essa é uma eleição muito difícil. porque é uma eleição muito ampla. Daí a importância de você ter um profissionalismo na sua campanha […] e as redes sociais são um elemento importante nesse pilar, e constitui uma estratégia de comunicação.”

Confira a íntegra da entrevista - Parte 1: 

Parte 2:

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