MST em Pernambuco desocupa área da Embrapa e avança em negociações com o governo por Reforma Agrária

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra disse ter realizado solo pernambucano nove ocupações de latifúndios improdutivos

Ocupação do MST em Pernambuco
Ocupação do MST em Pernambuco (Foto: MST)


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247 - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Pernambuco (MST-PE) realizou nove ocupações de latifúndios improdutivos, com intuito da democratização do acesso à  terra para produção de alimentos, para combate à fome, em defesa da democracia e meio ambiente. "Ficou acertado que o MDA/Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional/Codevasf da responsabilidade para a construção de soluções para a arrecadação, e ou desapropriação de terras para as famílias em Petrolina e Lagoa Grande; e com o comprometimento de que a Embrapa semiárido e Embrapa sementes desenvolvam pesquisas para Agricultura Familiar e Camponesa", disse o movimento.

As mobilizações do MST fazem parte do chamado "Abril Vermelho", jornada anual em que integrantes do movimento lembram o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, e cobra avanços na política de reforma agrária. Ao todo, 155 policiais militares estiveram envolvidos na operação que deixou 21 camponeses mortos.

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De acordo com o MST, "a ocupação realizada na madrugada do dia 16,  em uma área da Embrapa é mais uma ferramenta de denuncia e pressão para realização da Reforma Agrária, bem como para que a entidade desenvolva pesquisas direcionadas para a produção de alimentos da agricultura familiar".

"Diferente do agronegócio, nós valorizamos a estruturas públicas, nada foi danificado da estrutura do local. Inclusive,  quando ocupamos    terras devolutas da União e as famílias deixam de ser acampadas e passam a ser assentadas, as mesmas permanecem tuteladas pelo o Estado brasileiro. Ou seja, mantém-se pública, ao contrário do agronegócio, que quando se apropria de terras públicas atua sobre ela de forma privatista e monocultivista - setor que acumula denúncias de grilagem, destruição do meio ambiente e emprego de trabalho escravo. Além de serem um setor que não produz alimentos para a população brasileira, e sim, suprimentos para exportação, pois quem produz alimentos para abastecer o país, em grande parte, é a agricultura familiar e camponesa", disse o movimento. 

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"Enfatizamos que a instituição a Embrapa de Petrolina, é uma instituição estatal central na produção de pesquisa, ciência e tecnologia na esfera de sementes do semiárido. E, portanto, deve desenvolver tecnologias voltadas para a maioria das famílias sertanejas que trabalham com agricultura familiar e camponesa, e não exclusivamente para o agronegócio", continuou.

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