MPF pede à PF que dê segurança aos indígenas atacados no Maranhão
Assim que tomou conhecimento dos ataques de fazendeiros aos indígenas do povo Gamela, em Viana (MA), o MPF-MA comunicou o fato à PF e à Secretaria de Segurança Pública do Estado, solicitando deslocamento imediato de força policial para a região do conflito, precisamente nas aldeias Piraí e Cajueiro; MPF quer também que a Funai se manifeste sobre as providências adotadas ante a iminência de possível novo ataque aos indígenas

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Maranhão 247 - Assim que tomou conhecimento dos ataques de fazendeiros aos indígenas do povo Gamela, em Viana (MA), o Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) comunicou o fato à Policia Federal (PF) e à Secretaria de Segurança Pública do Estado, solicitando deslocamento imediato de força policial para a região do conflito, precisamente nas aldeias Piraí e Cajueiro. Viana fica localizada a cerca de 220 km de São Luís e os ataques ocorreram no último domingo (30). O MPF quer também que a Fundação Nacional do Índio (Funai) se manifeste sobre as providências adotadas ante a iminência de possível novo ataque aos indígenas.
Segundo comunicado da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão (CCR do MPF) ao MPF/MA, a situação na região é de extrema gravidade. Cinco indígenas estão internados no hospital Socorrão 2, em São Luís.
O MPF requisitou ainda à PF, à Secretaria de Segurança e à Funai informações sobre a apuração dos fatos ocorridos no último final de semana com os índios do povo Gamela. O que se sabe é que os ataques aconteceram após incitação de ódio contra os indígenas convocada por intermédio de emissoras de rádio da região. Os fazendeiros estão se reunindo no povoado de Santeiro, no município de Viana, os Gamela estão nas aldeias Piraí e Cajueiro, que fica na estrada que liga Viana a Matinha.
Documentos históricos do século 18, pertencentes à Coroa Portuguesa, comprovam que os índios Gamela são os legítimos proprietários da área que hoje reivindicam no estado do Maranhão. Os documentos foram apresentados nesta terça-feira, 2, no plenário da Câmara, pelo deputado Zé Geraldo, do PT-PA (leia mais aqui).
A Comissão Pastoral da Terra (CPT-MA) se manifestou e disse a ação dos pistoleiros foi "planejada e articulada por fazendeiros e pistoleiros da região, que, através de um texto no Whatsapp, convocavam pessoas para o ataque contra os indígenas" (veja aqui).
A OAB-MA informou que pedirá ajuda da Anistia Internacional para intervir no conflito.
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