MP: renda de Arthur Lira chegou a R$ 500 mil por mês com esquema de 'rachadinha' em Alagoas
Candidato do Planalto para disputar a presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) chegou a ter renda mensal de R$ 500 mil devido ao esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa de Alagoas, de acordo com a PGR

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247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o deputado federal Arthur Lira (Progressistas-AL) chegou a ter um rendimento mensal de R$ 500 mil devido ao esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa de Alagoas, onde ele cumpria mandato. O parlamentar é apontado como o líder de um esquema responsável por desviar R$ 254 milhões dos cofres públicos entre 2001 e 2007. De acordo com documentos sigilosos da investigação, o congressista usou parte do dinheiro para aumentar o próprio patrimônio. Na época, seu salário como deputado estadual era de R$ 9,5 mil.
Na denúncia contra o deputado, a PGR incluiu documentos apreendidos em sua casa e em uma de suas empresas que apontaram como era feita a distribuição do dinheiro desviado da Assembleia. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, investigadores encontraram anotações à mão descrevendo valores e siglas, como "500 meu/mês" e "500 AL".
O deputado responde a uma ação penal que ainda tramita na Justiça estadual de Alagoas. Lira já foi condenado pelo caso em segunda instância na esfera cível, por improbidade administrativa, e só conseguiu concorrer em 2018, quando se elegeu deputado federal, após obter uma liminar do Tribunal de Justiça alagoano.
Outra forma de ganhar dinheiro era a utilização de empresas para simular negócios. Um laudo da Polícia Federal identificou transações com quatro companhias diferentes. Uma delas recebeu 120 cheques emitidos pela Assembleia, que somam R$ 249 mil.
Sobre as acusações da PGR, Lira afirmou ter dado as explicações necessárias ao Judiciário. "Lira confia na Justiça e tem certeza de sua total e plena absolvição. Não há condenação contra o deputado", diz a nota enviada por sua assessoria de imprensa. O parlamentar já foi condenado pelo caso na esfera administrativa.
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