Maranhão forma primeira turma de professores indígenas na história do Estado

Com a colação, os formandos estão prontos para atuar como professores da educação infantil e dos anos iniciais e finais do ensino fundamental

(Foto: Governo do Maranhão)


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247 - Em meio à ofensiva bolsonarista de retrocessos, o Maranhão formou a primeira turma de professores indígenas na história do Estado. Nesta semana, aconteceu a colação de grau de professores indígenas pela Universidade Federal do Maranhão (UEMA). A solenidade ocorreu no auditório do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA), em São Luís.  

Mais de 50 indígenas se formaram pelo curso de Licenciatura Intercultural para Educação Básica Indígena, que integra o Programa de Formação de Docentes para a Diversidade Étnica (Proetnos). O programa foi criado em 2016 para formar professores indígenas para atuar em suas próprias comunidades.  

Acompanhado pelo vice-governador eleito, Felipe Camarão, o governador Carlos Brandão destacou o pioneirismo do Maranhão na realização do programa com recursos próprios. “É um avanço muito grande estarmos hoje formando esses professores. Nos últimos 8 anos, já realizamos 1.500 obras educacionais, preparando os jovens para o futuro com condições físicas, materiais e pedagógicas. Com essas conquistas históricas estamos construindo um Maranhão com mais oportunidades para todos, inclusive para as nossas comunidades tradicionais. O próximo passo é ampliar esse programa para os quilombolas”, afirmou.  

O reitor da UEMA, Gustavo da Costa, classificou a cerimônia como um encontro de todos os saberes e tradições. “Hoje é um dia de histórias e compromissos. Vemos a união entre a tradição milenar das universidades com a tradição dos povos primeiros, que nos ensinam diariamente a nos relacionarmos com a natureza e com nós mesmos”, disse.  

A formanda Evandra Viana Guajajara comemorou a formatura como uma conquista dos indígenas maranhenses. “Essa colação de grau pra gente é uma conquista, assim como outras que já tivemos. É uma conquista para a educação escolar indígena e para todos nós, povos indígenas”, comentou.  

O formando Sebastião Bento Guajajara também falou da importância de levar a educação formal para sua comunidade. “Somos a primeira turma indígena da Universidade Estadual do Maranhão e vamos levar para nossa comunidade os conhecimentos adquiridos durante esses cinco anos”, frisou.  

Com a colação, os formandos estão prontos para atuar como professores da educação infantil e dos anos iniciais e finais do ensino fundamental, unindo à educação formal aos conhecimentos tradicionais de seus povos. Diante das dificuldades dos estudantes, o governador Carlos Brandão assegurou ainda o fornecimento de uma bolsa aos próximos beneficiários do Proetnos, no valor de R$ 500.

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