Lobão emprega irmã de quem teria lhe repassado propina
O senador Edison Lobão (PMDB-MA) emprega em seu gabinete a irmã da pessoa apontada pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, como intermediário no repasse de propina ao peemedebista; Adriane Serwy, assessora parlamentar do gabinete pessoal do congressista, é irmã de André Serwy, a quem o delator afirmou ter repassado R$ 1 milhão, com Lobão como destinatário final; Pessoa confirmou ter se reunido duas vezes com Lobão entre maio e junho de 2014 para o envio de propina para que ele fizesse ingerência política em favor dos interesses do consórcio de Angra 3, do qual a UTC fazia parte
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Maranhão 247 - O senador Edison Lobão (PMDB-MA) emprega em seu gabinete a irmã da pessoa apontada pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, como intermediário no repasse de propina ao peemedebista. Adriane Serwy, assessora parlamentar do gabinete pessoal do congressista, é irmã de André Serwy, a quem o delator afirmou ter repassado R$ 1 milhão, com Lobão como destinatário final.
De acordo com informações divulgadas pelo "Jornal Nacional", que revelou trechos da delação de Pessoa há duas semanas, os pagamentos teriam sido feitos para que Lobão, como ministro de Minas e Energia, fizesse ingerência política em favor dos interesses do consórcio de Angra 3, do qual a UTC fazia parte. Pessoa confirmou ter se reunido duas vezes com Lobão entre maio e junho de 2014 para discutir o assunto.
O então ministro teria indicado André para receber a propina que lhe seria destinada. Segundo Pessoa, André se referia ao senador como "tio" durante os encontros, o que demonstraria sua proximidade com Lobão. Registros do Senado mostram que Adriane está lotada no gabinete desde novembro de 2014, quando o mandato era exercido pelo filho e suplente, Lobão Filho (PMDB-MA).
O salário de Adriane é de R$ 7,4 mil, apontou o portal da Transparência do Senado. Antes de ser lotada no gabinete, ela esteve vinculada à Comissão Mista de Orçamento, que foi presidida por Lobão Filho.
Outro lado
O advogado de Lobão, Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, disse que Adriane trabalha em cargos ligados ao senador desde 1997. De acordo com o defensor, não há constrangimento com a permanência da servidora na função, após a delação.
"Ele tem relação com o pai (Aloysio Serwy) há muitos anos. Contratou em 1997 a filha dele (Adriane). Não tem nada de especial nisso. A relação com o filho (André) é pequena, mas com o pai é grande. Por contingências de tempo, se veem pouco. Mas são amigos. Não tem incompatibilidade. Hoje no Brasil tudo vira escândalo", disse o advogado, conforme relato do Globo.
Kakay informou que não comentará a delação premiada de Pessoa porque não obteve cópia do trecho em que Lobão foi citado.
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