Líder do PDT: governo mostrou fraqueza na votação da denúncia contra Temer

Os deputados da oposição vão trabalhar para que, em uma eventual segunda denúncia contra Michel Temer, a Câmara autorize a abertura de um processo pelo STF; a definição foi tomada numa reunião de líderes de diversos partidos, realizada na liderança do PDT; o líder da sigla, deputado Weverton Rocha (MA), criticou o resultado da votação e disse esperar que os deputados votem pela autorização para que o Supremo processe o peemedebista, caso se confirme a informação que circula em Brasília de que uma nova denúncia será apresentada pelo Ministério Público; “Ele (Michel Temer) não tem o número constitucional de votos, 308, para realizar as reformas que pretende, como a da Previdência, por exemplo”

Brasília - Deputado Weverton Rocha (PDT/MA) durante sessão de discussão do processo de impeachment de Dilma, no plenário da Câmara (Wilson Dias/Agência Brasil)
Brasília - Deputado Weverton Rocha (PDT/MA) durante sessão de discussão do processo de impeachment de Dilma, no plenário da Câmara (Wilson Dias/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Lucena)


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Blog do Jorge Vieira - Os deputados da oposição vão trabalhar para que, em uma eventual segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, a Câmara autorize a abertura de um processo pelo STF. A definição foi tomada numa reunião de líderes de diversos partidos, realizada na liderança do PDT na hora do almoço. Em pronunciamento no Plenário, o líder do PDT, deputado Weverton Rocha, criticou o resultado da votação e disse esperar que os deputados votem pela autorização para que o Supremo processe o presidente, caso se confirme a informação que circula em Brasília de que uma nova denúncia será apresentada pelo Ministério Público.

Na avaliação de Weverton Rocha, o presidente Michel Temer saiu derrotado na votação na Câmara, apesar de ter conseguido evitar o processo no Supremo Tribunal Federal. Para ele, o resultado da votação demonstra a fraqueza do governo. “Ele não tem o número constitucional de votos, 308, para realizar as reformas que pretende, como a da Previdência, por exemplo.”

Weverton fez as contas e apontou que, entre oposicionistas e os que chamou de governistas envergonhados, cerca de 50% dos deputados não se posicionaram a favor de Temer. O número não foi suficiente para aprovar a aceitação da denúncia proposta pelo Ministério Público contra o presidente, no entanto revela que a base do governo não está coesa e dificilmente aprovará todas as matérias vindas do Palácio do Planalto.

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Críticas ao governo

Durante sua fala, Weverton também criticou a atuação do governo Temer, que segundo ele vem trabalhando apenas a favor das grandes corporações e investidores. O deputado lembrou que o presidente enviou ao Congresso a PEC 55, que congela os gastos públicos em educação e saúde, alegando austeridade financeira, no entanto trabalha pela aprovação de um programa de regularização tributária (Refis) que favorece grandes devedores e desfalca os cofres públicos.

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“Esse é um desgoverno que envergonha o Brasil, que não tem legitimidade e faz uma agenda contra os interesses nacionais”, afirmou em aparte a Weverton o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).

O deputado Bebeto (PSB-BA) também aparteou o pronunciamento de Weverton, que ele classificou de lúcido e pertinente, e aproveitou para denunciar a movimentação do Ministério da Fazenda para criar mais uma alíquota do Imposto de Renda, de 35%. “Isso é um massacre contra a sociedade brasileira”, disse o deputado, que acusou o governo de fazer isso para “pagar a conta” da votação que evitou o processo contra o presidente no STF.

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