Jerônimo vê eleição “nacionalizada” na Bahia e possível “prejuízo” com abstenção alta
Candidato do PT, favorito a vencer o governo, chama ACM Neto, seu oponente, de “oportunista”

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247 - Candidato do PT ao governo da Bahia e favorito a levar a disputa, Jerônimo Rodrigues avalia em entrevista ao Valor Econômico que a eleição no Estado está “nacionalizada”, mesmo que seu oponente, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, “não queira”.
“A eleição está nacionalizada, por mais que o ex-prefeito não queira. Neto é oportunista. Um exemplo disso é que, quando foi candidato a prefeito em Salvador, ele se apresentou como Neto e escondeu o nome de ACM, porque a capital sempre votou contra seu avô. Agora que concorre a governador e sabe que muita gente no interior guarda a imagem de seu avô, ele trouxe o nome ACM e resgatou o jingle. Um negócio ridículo, sem criatividade nenhuma. É um oportunismo com o avô, bateu no Lula e agora está dizendo que o eleitor pode votar em quem quiser na eleição nacional. Neto fez campanha para Bolsonaro em 2018, indicou cargos, esteve com o presidente em todas as visitas feitas a Bahia. Sempre esteve ali colado e agora prega neutralidade?”, indagou.
Ele afirma que o ex-presidente Lula deve viajar ao Estado - quarto maior colégio eleitoral do País - mais uma vez na campanha de segundo turno. “Combinamos com Lula de trazê-lo mais uma vez. Ele vai conversar com a campanha. Nos ajuda e será muito bom para ele também. A vinda de Bolsonaro antes do primeiro turno foi um fiasco, igual à campanha de Neto no interior”.
Questionado sobre o possível efeito da abstenção eleitoral para o PT, uma vez que a Bahia foi um dos estados com maior abstenção no primeiro turno, Jerônimo lembrou que o partido está se esforçando para reverter o cenário. “Estamos falando de quase um quarto do eleitorado. Já pedimos ajuda para o TRE a reverter essa ausência. Eu acho que há um prejuízo de nossa parte, porque sempre quem vai estar ausente da votação é o povo que mora mais distante das urnas, o povo rural de alguns distritos, povoados, aldeias, quilombos, comunidades ribeirinhas. Esses votos tendem a ser no 13, em Lula, já que ele conseguiu levar a política lá na ponta. Nossa estratégia busca despertar um debate sobre isso. Estamos dialogando com prefeitos para que garantam transporte”.
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