Insatisfeito com PMDB, Vieira encontra Chinaglia
Deputado Gastão Vieira, ex-ministro do Turismo indicado na cota do senador José Sarney pelo PMDB, foi quem recebeu o candidato do PT a presidente da Câmara Federal, Arlindo Chinaglia (SP), em São Luís; a iniciativa de Gastão em receber o candidato que faz oposição a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi interpretada nos meios políticos como um recado à direção nacional de que ele estaria de saída do partido por conta de insatisfações pessoais; Vieira perdeu a eleição para o Senado Federal e não foi indicado para ocupar algum cargo no governo Dilma

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247, com Blog do Jorge Vieira - O ainda deputado Gastão Vieira, ex-ministro do Turismo indicado na cota do senador José Sarney pelo PMDB, foi quem recebeu o candidato do PT a presidente da Câmara Federal, Arlindo Chinaglia (SP), quinta-feira, em São Luís, e somente não foi ao encontro no Palácio dos Leões porque não foi convidado.
A iniciativa de Gastão em receber o candidato que faz oposição a Eduardo Cunha (RJ), representante do PMDB na disputa pela presidência da Casa, foi interpretada nos meios políticos como um recado à direção nacional de que ele estaria de saída do partido por conta de insatisfações pessoais.
Gastão Vieira, que perdeu a eleição para o Senado Federal e não foi indicado para nenhum cargo no governo Dilma Rousseff, tem comentado nas rodas políticas que estaria disposto a deixar o PMDB porque o grupo que comanda a legenda nacionalmente não lhe prestigia.
O senador já havia reclamado, no último dia 4, que o PMDB-MA tem "muitos caciques". "Eu até acho que o PMDB tem muitos índios e poucos caciques. O PMDB do Maranhão não tem cacique. Não acredito que o grupo acabou. Essa é uma opinião isolada. Tivemos um insucesso eleitoral, mas depois de uma eleição vem outra", afirmou ao Imparcial. Na eleição do ano passado, Gastão Vieira foi derrotado na disputa pelo Senado, com 44,67% dos votos válidos, contra Roberto Rocha (PSB), 51,41%.
Segundo Vieira, "não existe nenhuma liderança com perfil de aglutinar as tendências diversas que ficaram com essa derrota. A vitória de Flávio Dino é inquestionável, pelo número de votos, pela maneira como empolgou a população e também nesse momento o Maranhão quer se conciliar com a sua autoestima".
"Eu duvido muito que vamos ter condições de fazer um enfrentamento na Assembleia. Em nome de quem e por quem? Cada um de nós vai buscar o seu caminho, se vamos nos juntar mais na frente é uma outra questão. Há um imenso vazio e não vejo nenhuma perspectiva desse grupo de se erguer", disse.
Para Gastão Vieira, "o PMDB no Maranhão, por ter tanto cacique, se inviabiliza em construir um caminho para o futuro". "Penso em sair do partido e buscar outro partido, onde a gente saiba exatamente quem manda e quem obedece", complementou.
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